segunda-feira, 5 de maio de 2008

Cartografia DR – 12ª semana – 10 a 14/03/2008

Edição de mapas


POR LAURA

Edição de trechos do texto “Ensaio como Forma”, de Adorno

“(...) o ensaio não almeja uma construção fechada (...) ele se revolta sobretudo contra a doutrina, arraigada desde Platão, segundo a qual o mutável e o efêmero não seriam dignos da filosofia; revolta-se contra essa antiga injustiça cometida contra o transitório(...)

É inerente `a forma do ensaio sua própria relativização: ele precisa se estruturar como se pudesse, a qualquer momento, ser interrompido. O ensaio pensa em fragmentos, uma vez que a própria realidade é fragmentada; ele encontra sua unidade ao buscá-la através dessas fraturas, e não ao aplainar a realidade fraturada. (...) A descontinuidade é essencial ao ensaio; seu assunto é sempre um conflito em suspenso. (...) “Ele resiste `a idéia de obra-prima, que por sua vez reflete as idéias de criação e totalidade.”

ADORNO, Theodor W. Notas de Literatura 1. Tradução Jorge M. B. de Almeida. São Paulo: Duas Cidades, Editora 34, 2003.


POR SHEILA

Aquecimento
Manipulação
Recorte
Comando/ comandado
Palestra científica
Coaching teatral
Coaching musical
Exaustão

Os mapas são permeados por tradução, relação de poder, relação funcional e não funcional, cenas em tempo real, demarcação do tempo.

Mapas :
Aquecimento - Tempo marcado. O objetivo é suprir a necessidade de engajar-se fisicamente.

Manipulação - Em dupla a proposta é de encontros que testam possibilidades tanto de aquecimento quanto de materiais que servem para continuar a pesquisa em dupla.

Recorte - Consiste na observação de ocorrências feito por uma pessoa, durante a manipulação e/ou outros mapas. Recortar-se um trecho para ser pesquisado e depois dirigido. Esse trecho é dirigido pela pessoa que recortou e transformado em cena em tempo real.

Comando/comandado - O foco da relação é a subversão. Realizado em dupla. A relação acontece com uma comandando e a outra comandada. A instrução dessa tarefa é de não deixar essa relação ser percebida por quem assiste. São instruídas durante a relação pela dupla que observa de fora.

Palestra científica - Um trecho de um livro é lido ao ser escolhido aleatoriamente. Após a tradução do trecho, outra pessoa traduz o que foi colocado na lousa.

Coaching teatral - História real é contada e encenada. Uma pessoa coordena e explica as motivações e ações para outra pessoa realizar a cena.

Coaching musical - Ensaio de cena para filmar, tradução de músicas latinas junto com coreografias.

Exaustão - O objetivo é exaurir-se usando táticas diversas. Exercitar o hábito de se manter condicionado cumpre a tarefa desse procedimento.


POR TARINA:

Último relatório

Muitas questões geradas e mais a necessidade de estabilização .
Enquanto estudamos e selecionamos os mapas durante a pesquisa Cartografia DR, estudamos e exercitamos também como nos comunicarmos e como criar COLETIVAMENTE. Demora mais, mas é mais coerente com aquilo que pensamos sobre autoria e criação. Neste processo também nossa idéia/percepção de coletivo , desenvolveu-se num entendimento de que na nossa estrutura os papéis definidos (performer,diretor,dramaturgo,etc) são rotativos (e não inexistentes). Os mapas finais , já editados (no site), relacionam-se com estas percepções. Em cada um deles as particularidades (de experiências anteriores, de forma de pensar/performar) de cada uma foram estudadas para fortalecer essas diferenças para o nosso coletivo. Isso criou mapas muito diferentes, mas todos com uma conexão (que afinal tanto discutimos nessses meses) em relação à autoria. A idéia de tradução presente em todos os mapas é também a de tradução como VERSÃO, onde cada uma explicita a contaminação inerentre a toda forma de comunicação.
Nestes mapas/procedimentos cada uma está persente como individualidade e se reconhece no todo.


POR MARA:

Escancarando a processualidade da ‘obra’...

Edições episódicas de pesquisa temporária...

Desenvolvimento preciso, porém descontinuo enquanto seqüencialidade...

Interessam hibridismo entre: ficção e realidade; produto processual e produto com formato definido.

Mapas que indicam essas características se organizam em tempo real, de forma descontinuada, episódica e inacabada. Tentam certa precisão na discussão proposta, seja e/ou - tradução / versão / relação de poder / autoria / ficção da realidade.

Próximos passos...
Como comunicar cada mapa? Como explicitar essas características enquanto seqüencialidade?
Pesquisa para ‘montagem-produto-temporário’, outra forma de organizar as questões, mapas e continuidade das discussões...

quarta-feira, 12 de março de 2008

Cartografia DR-11ª semana- 03 a 07/03/2008.

Seleção de mapas

POR MARA

Após exaustivas discussões sobre conceito, procedimentos, dramaturgia, e interesses individuais, chegamos à seleção dos mapas elaborados e experimentados. Quais interessam a maioria de nós e porquê?
Os que respondessem a algum motivo e sentido seriam listados como procedimentos relevantes, que deveriam ser investidos como eixo e continuidade dessa etapa final da pesquisa.

Selecionamos: [1] duo Tarina e Laura com direção de Sheila e panorama de Laura; [2] duo Sheila e Laura – comandos; [3] palestra - tradução; [4] musical com direção de Tarina; [4] treino de interpretação Sheila e Tarina; [5] tradução 1,2,3 (sem fixar o que 1 e 2 significam, porem 3 ainda como síntese); [6] exaustão + uníssono.

Identificamos as discussões sobre tradução como transcriação e sobre produtos como composições processuais (que contam com procedimentos de improvisação, e somente serão configurados em tempo real), como eixos centrais em todos os mapas.
A relação entre processo e produto artístico foi foco de investigação proposto para essa pesquisa, e após todo processo, até momento, identificamos que esse interesse permanece e continua sendo relevante por sua característica descontinuada - episódica de ocorrência e pelas discussões acerca de obras de arte e noções de permanência vinculadas a trabalhos artísticos.
A discussão sobre temporalidade e ‘acaso’ continuam em alta desde os anos 60. A improvisação continua sendo um mote de investigações e discussões, porque faz perguntas e deixa em aberto, porque escancara a processualidade da ‘coisa’.
Os realitys-shows são interesse contemporâneo de massa, pelo desvelamento da constituição da ‘coisa’, que é feita na hora, borrando o limite entre ficção e realidade e banalizam a dramaturgia como referencia do mais chavão e ‘realista’ processo ‘artístico’. Ou seja, bichinhos de laboratório sendo testados e mostrados em experimentos geram curiosidade. Uma curiosidade que aproxima ‘expectador’ do experimento, do bicho, da coisa e do processo. Trata-se de uma comunicação direta.
Mais de quarenta anos depois essas inquietações e motivações continuam direcionando a vida, o cotidiano e a arte contemporâneas.


POR SHEILA


Mara e Tarina
Desenvolvimento: encontros de contato com foco na manipulação e focos específicos para cada uma.
Mara tem a tarefa de buscar no encontro Alavancas e Tarina tem a tarefa de trabalhar a Resistência.
Sheila dirigir a cena
Laura observação panorama geral da cena


Descrição episódio direção
*recorte: ápice do encontro que emerge.
*resistência: ambiente Tarina
*alavanca: ambiente Mara

Buscavam encontros através de apoios e sustentações no corpo uma da outra que permitiam deslocamentos deixando o espaço multidirecional.

No engajamento de provocar encontros, averiguava-se um campo de extrema estratégia espacial e de acordos no espaço alheio.

Ambas pareciam estar em comum acordo no espaço de relações.Uma subvertia a lógica da outra sem deixar precedentes e sem deixar que uma pareça vítima da outra.

Validade desse encontro.
O argumento “vítima” localiza um ponto de vista não elucidado pelo comportamento das duas,apesar das intensidades ajustadas nas ações individuais.Nesse caso parece que ao recortar a cena para o encontro sem vítimas,abre-se uma fenda que desloca a cena possível de subverte-la.

Nesse momento além dos elementos utilizados por Mara e Tarina ,pedi que somassem aos recortes uma atitude mais violenta.Pensei que ao evidenciar um extremo violento, melhor visualização das fendas para subversão.

Mara lança a Tarina no chão e Tarina bate secamente no chão com resistência.

A sensação é que Tarina antes de cair usa o antídoto “resistência” enquanto Mara na proposta de “alavancas” faz uma espécie de rapto relâmpago em Tarina embutindo-a no seu corpo alavanca abruptamente.



POR TARINA

O desenho dos mapas selecionados, a estrutura inerente a cada um deles que garante sua repetição/realização.
Como organizar estes mapas no tempo/espaço? Que sentido acontece na narrativa que segue de um ponto a outro do mapa? A idéia de manipulação, versão e subversão acontece em cada um dos mapas selecionados, mas como acontece na super-estrutura que envolve todos eles?
A seleção também de QUEM faz O QUÊ em cada mapa, de acordo com as conexões que cada uma faz com mais (ou menos) facilidade segundo cada uma interpreta o ambiente do qual faz parte. Esta seleção que está no espaço ENTRE realidade/ficção, está conectada `a idéia de co-existência , e da convivência dos diferentes, nas nossas discussões de relação (ões).


POR LAURA

O que é a coisa?
formalizando os processos

A construção das cenas
Vira cena
Os bastidores das cenas
Viram cena
O que não é espetacular
Vira cena
Os conflitos da criação coletiva
Viram cena
As fragilidades das performers
Viram cena?
Toda a precariedade desta empreitada
Vira cena
O que é real?
O que é ficção?
O que é verdade?
O que é mentira?
O que é paródia?
O que é a coisa?

terça-feira, 4 de março de 2008

Cartografia DR – 10ª semana – 25 a 29 /02/2008.

Dramaturgia e roteiro


POR TARINA


Seleção. Recorte. Escolha. Na nossa 10ª semana de estudos definimos o desenho dos mapas que daqui em diante serão repetidamente experimentados. A improvisação como um experimento realizado dentro de parâmetros previamente selecionados. Os procedimentos escolhidos são permeados pelo assunto da tradução como VERSÃO e as suas SUBversões possíveis. Esse assunto, que aconteceu a partir de nossos estudos metalinguísticos desenhou um ROTEIRO, que tem a ver com a ROTA que seguiremos daqui em diante. Este roteiro é como um supermapa , que organiza os nosso procedimentos que chamamos de mapas em uma escala maior no tempo/espaço.



POR MARA:

Qual poder de escolha sobre composição num grupo sem hierarquias pré-demarcadas? - problema de autonomia

Qual escolha dramaturgica para ‘costura’ entre procedimentos? - eixo compositivo

A tentativa de coerência na lógica de composição dos mapas (‘regulamentos’ – indicadores de realização de procedimentos) é eixo para seleção do desenvolvimento de cada mapa e dos mesmos em relação. Contam a relevância de cada procedimento no contexto geral da pesquisa. Como e porque.

Os comos já foram testados durante todo processo, e cabe agora conectar e justificar.
Quanta formalidade é necessária a uma pesquisa artística?
Onde e porque se tecem as coerências analíticas?

Objetivos:
- evidenciar relação entre processualidade e resultado da ‘obra’ artística
- desvelar as relações de poder implicadas nas escolhas compositivas
- demarcação de territórios de interesses



POR LAURA

Manipulação de informação e relações de poder

Começamos com as traduções
Que se transformaram em versões
E depois em sub-versões
E tudo virou cena
E o assunto virou este
Todo o jogo de poder nas relações
De comando e direção
Comandado e intérprete



POR SHEILA

Relação de comando.Quem parece comandar.O comando vai sendo subvertido durante a experimentação.

Recorte 1
Tarina busca apoio em pontos do espaço e em objetos.Mara fala em particular com Tarina durante os apoios e o transito entre eles.

Recorte2
Manipulação(1) e tradução(2).Um na camada mais evidente e o outro revelado aos poucos.

Recorte 3
Laura e Sheila observação, direção e restrição

Recorte 4
repetição,desdobramentos e achatamentos possíveis,usando a tradução revelada aos poucos

Cartografia DR – 9ª semana – 18 a 22/02/2008.

Direção em cena e dramaturgia


POR TARINA


Nesta semana na criação/estudo dos nossos procedimentos chamados mapas aconteceu o assunto dramaturgia. Que é dramaturgia ? Onde ela está ? Nos nossos estudos conseguimos ver duas camadas básicas de dramaturgia : o corpo no espaço e o assunto que acontece neste espaço.
Linear ou não , um corpo desenvolve uma trajetória no espaço que já é algo e já tem seu próprio assunto e deste pode desdobrar-se em outro (ou não). Um assunto (ou hipótese) pode ser o ponto de partida para a trajetória deste mesmo corpo. Essas duas camadas coexistem (como o ovo e a galinha) numa relação de simbiose e contaminação. Cada uma de nós tem , por suas experiências prévias, preferência por esta ou aquela “entrada”. Entendendo a “entrada” de cada uma , entendemos melhor como é possível dialogar e construir junto, não excluindo isto nem aquilo. A dramaturgia que acontece em cada corpo, para nós, também pode ser entendida como coreografia, ou como algo organizado por um corpo. Nos procedimentos que estudamos até agora, esta foi a dramaturgia mais presente mesmo porque nosso assunto era metalinguístico. Mas a nossa segunda camada está permeando os experimentos desde o começo , e está mais presente desde que somamos as possibilidades biográficas `as já existentes.



POR LAURA

Versões e Sub-versões

Trio: Mara – Tarina – Sheila:

Sheila dirige um dueto com orientações e recortes bem específicos de movimentação e interação. Mara e Tarina procuram seguir as instruções e “correções” dadas, num processo contínuo. Num dado momento a situação se inverte, ou seja, parece que as ‘intérpretes’ assumem a condução da cena, subvertendo a ordem e ganhando autonomia na sua construção.

Quarteto: Tarina – Mara – Laura – Sheila

Tarina dirige três solos de uma cena músico – teatral. Para cada um, uma orientação específica de intenção e comunicação. Três ensaios que nunca chegam na versão ideal e vão sendo construídos e desconstruídos ininterruptamente. As versões almejadas são constantemente subvertidas pelas interpretações. Ao final, um coro com os três solos simultâneos sublinha essa condição.

Duo: Sheila – Laura

Sheila conduz o ensaio de uma coreografia da qual também faz parte. Ao ensinar / transmitir os movimentos as direções físicas confundem-se com os próprios gestos da condução, num processo que vai aumentando de volume progressivamente. A ‘imitação’ da coreografia mistura-se com a imitação do próprio ato de ensinar / comandar, o que vai subvertendo as funções comandante – comandado.



POR MARA:

relações de poder.

...condução - conduta...versões subversivas...

Versões - desdobramentos dos duos...
– Tarina e Mara dirigidas por Sheila – recortes de momentos observados e decorrente tentativa de resolução dessa proposta.
Momentos específicos que Sheila recortou como interessantes para ‘cena’ – tentativa de ‘nova’ realização do recorte. Desconfortos, não identificação e traduções como focos para ‘nova’ composição.
Relação tradicional entre direção e bailarinas.
Corpos dóceis que se esforçam a reproduzir um comando não muitas vezes claro nem óbvio, porém com exigência de pronta execução aperfeiçoada.

- Laura e Sheila – dominância de comando e aparente inversão de papéis. Jogo entre ordens e reordenações. Direção e composição como replicações que realocam as relações entre dueto, numa pseudo-indeterminação de poder.
Possível mapa:
Sheila comanda com gestos, fala, movimentos complexos.
Laura compõe replicando informações que se complexificam e modificam no decorrer da relação e das sugestões de Sheila.



POR SHEILA

*Recortes de improvisação com Mara eTarina.
*Sheila e Laura assistindo
*Tarefas individuais e pseudonimos das integrantes.
*Observação,onde faz sentido?
*Como elaborar tarefas para ocorrências individuais ou em grupo. Quando,onde e como o assunto fez sentido nos recortes como cena e por que?
*O curto prazo dos recortes: Reality Show

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Cartografia DR – 8ª semana – 11 a 15/02/2008.

Pesquisa prática: traduções – versões


POR TARINA

Os mapas mais estruturados como cenas e as traduções como versões. Não é a “não existência” de um produto, e sim um outro tipo de produto.
Dos nossos estudos nesta semana emergiu o entendimento de tradução como versão.
As nossas traduções pressupõem sempre um sujeito que é o tradutor , e desta forma tudo o que é traduzido é uma versão organizada pelo crivo deste sujeito. Como num documentário (ou reality show) onde não existe verdade e sim um ponto de vista (que pode ser mais ou menos revelado) dentre inúmeros possíveis. Aqui escolhemos explicitar a existência destes pontos de vista pois eles são sempre motor de nossos (des)entendimentos e discussões. É a forma mais ou menos parcial pela qual eu arrumo e expresso minhas percepções (baseada em experiências vividas e na minha interpretação destas experiências ) que é a minha versão.
O mapa como cena. O estudo destas versões com algo “para ser visto”. O que é que é preciso ser “mapeado” para estas estruturas/cenas serem possíveis (sem tornarem-se congeladas)? Além de propormos cenas através de mapas , no sentido inverso , também estudamos como ler e desenhar um mapa de uma “cena”, tornando este procedimento parte de nosso acervo mapeado.


POR MARA:

Tarina – 3 versões sobre projeto – texto conceitual para Sheila / texto dramático para Mara / música para Laura – foco: versões precárias que investem nas dificuldades e fragilidades.

Mara – transcriação sobre texto proposto por Laura (semana anterior) –
Questões:
1.Quais objetivos comuns? (projeto, propostas e entre nós)
2.Identificar especialidades
3.Qual noção de eficiência desse projeto?

Proposta para duos:
...lugares para situar-se...focos para desenvolvimento
- partes do corpo
- manipulações
- pausa (para si e outro)
- precariedade (execução / lógica / composição)
- fragilidade (exposição com ou sem controle)
Uníssono (vinculado as questões acima)
1.estar junto
2.buscar/definir função
3.escolhas sobre lugares acima, enquanto procedimentos/táticas para Cartografia.

Duos:
Sheila – Laura
Mara - Tarina

Discussões:
Acerca das questões levantadas e experimentos realizados.
Como observamos os procedimentos e experimentos que realizamos?
Como propomos reflexões sobre procedimentos e projeto?
A questão sobre objetivos comuns entre nós e especialidades nos direcionou a essas perguntas, indicando distintos recortes de observação que chamamos de camadas (poderiam ser níveis ou perspectivas ou ...) em relação aos procedimentos testados.
Como observamos um experimento? O que se torna relevante?
Movimento? Lógica para composição/organização dos movimentos? Assunto? Concepção geral?
Talvez essas sejam possíveis camadas, que se relacionam, mas que dependendo do olhar delimitam distintos parâmetros organizativos. Ou não. E/Ou delimitam campos de interesse, campos de ação, campos de aproximação - sentidos para o movimento que co-existem.
Com qual lente tendo a observar as relações implicadas na dança? O que me move para e na dança?


POR SHEILA:

Continuação dos estudos dos campos de estratégias Caixa Econômica RJ e SP

- Espaço/ Reality show/ Foto/ Música/ Vídeo
- Performance/ Comportamento/ Justifivativa
- Precariedade/ Fragilidade/ Processo-produto
- Tradução/ Recorte/ Antítese/ Tese/ Síntese
- Uníssono/ Relação/Afirmativo: solo, duo, trio
- Conceito / Textos:modernos,contemporâneos/ Site/ Teóricos


Como o sentido do espaço ao construir procedimentos pode identificar o ambiente que estamos construindo?Quando os procedimentos são feitos o ambiente também se configura? De que maneira?


ADERIR/ OU /NÃO
Evidenciar como cada integrante lida com as próprias lógicas relacionadas aos ASSUNTOS.
Intensificar como cada integrante demonstra suas habilidades específicas.
A escolha do assunto(s) permite que as idéias em transito das integrantes seja aderida pela continuidade dos assuntos, ganhando justificativas na dramaturgia.
Pistas relevantes são vistas nas relações de texto-movimento-tradução-composição, que revelam uma provocação REALITY-COMPORTAMENTO-CAMPO DE PESQUISA-PROCESSO-PRODUTOS acordos que transpõe a “realidade” das ocorrências são percebidos ora frágeis e ora consistentes.


POR LAURA

Do assunto tradução desmembrou-se o assunto versão; como uma possibilidade mais ampla de interpretação. Essa ampliação do campo de possibilidades evidenciou as especificidades do olhar de cada uma, do filtro que usamos para ver as coisas. Percebemos, com esta diversidade de filtros, algumas camadas possíveis de se identificar em uma mesma proposta. Enquanto uma evidenciava a camada do movimento de uma proposição, outra se ocupava das relações compositivas, a terceira enxergava a lógica cênica e a quarta a dramaturgia ou tema tratado. Estas camadas de um mesmo procedimento parecem referir-se a escalas de observação, da micro à macroscópica;
de um plano mais fechado para um plano mais aberto; zoom in e zoom out. Em cada procedimento cada uma ocupa determinada camada, dependendo da tarefa/função/posição em que se encontra. Ou seja, apesar de identificarmos uma tendência natural de cada uma por um filtro específico, descobrimos que a rotatividade entre tais camadas também existe, interessa e é fértil.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Cartografia DR – 7ª semana – 29/01 a 01/02/2008.

Pesquisa prática: mapa de tradução – proposições individuais.

POR MARA:

Proposição individual nº1:
– nessa etapa cada uma propôs uma “idéia” enquanto formulação inicial para mapa de tradução.
- Mara e Tarina apresentaram em um dia, e Sheila e Laura em outro

...várias discussões acerca das propostas e sobre como propor...

Agora o 1 não precisaria mais ser algo “subjetivo”, ou seja, poderia se uma cena “teatral”, uma idéia clichê, enfim qualquer proposta antes listada enquanto 1 e 2.

1 Estudo físico das possibilidades de disparo (enumeração do que já apareceu)
- experimentar um foco físico por um tempo (o nº 2 dá o tempo dessa experimentação)
- como formalizar: estudar a formalização, quando decidir comunicar a resolução (seqüências coreográficas)
+
2 Ampliar noção de clichê para a objetivação do 1
- cena teatro (narrativa) - “estilo” dança - gesto “decodificado”
- fala/descrição

Mudanças: - não existe uma pessoa 2 pré-determinada;
- todas assistem a todas as propostas e depois escolhem qual traduzir; pode escolher mais de um, mesclar propostas, não precisa ter tradução para todos, várias pode escolher o mesmo...
- o 2 traduzirá a idéia vista em outro dia:
. elaborará com mais tempo;
. trará uma tradução que transforme a proposta vista em sua “antítese” – como contraponto a idéia central desenvolvida, ou “objetivando” ou “subjetivando” de acordo com proposta inicial.


PROPOSTAS:

Tarina: descrição em fala e movimentos sobre “teste” para sair de passista na Rosas de Ouro

Mara: esse você já viu... 2’’
– movimentos distintos simultâneos, com partes distintas do corpo
- qual perspectiva do observador? (4 apoios, deslocamento circular-lateral, enrolar e desenrolar coluna)

Sheila: Como você contaria esse projeto em mais de uma versão?

Laura: texto Garcia, Suzana, “Do coletivo ao colaborativo. A tradição do grupo no teatro brasileiro contemporâneo.” – livro: Na Companhia dos Atores – ensaios sobre os 18 anos da Cia. dos Atores, Aeroplano Editora – SENAC Rio Editora, Rio de Janeiro, 2006.


POR TARINA



Ampliando o estudo dos mapas no tempo/espaço.
Esta semana nos concentramos no papel do jogador número 1, que é o nosso ponto de partida , a primeira jogada/lance inicial , ampliando o enunciado que organiza a execução deste procedimento (no enunciado original este número se relaciona ao estudo de algum material físico) para questões autobiográficas , ou aquilo que lhe interessou até agora (prosseguindo com a idéia de roteiro/dramaturgia) .
Autobiografias e sua relação com o criador comtemporâneo > Vale tudo ? Tudo é “arte” desde que seja meu (ou tenha cara de “eu”)? Ou é uma tática para revelar o reconhecimento de que tudo é digerido e não tem como não se relacionar com minhas referências autobiográficas ?
Para nós a biografia está inserida nesse último contexto , servindo como ponto de partida para tratar de algo que nos interessa comunicar e dividir com quem nos assiste/lê/ouve. Hoje todos querem ser criadores e falar da própria “ dor” , mas como efetivamente criar arte a partir disso e como essa “dor” pode se relacionar com um assunto maior? Por que gostamos de assistir aos “reality shows” e qual é a diferença entre este tipo de linguagem e uma com um roteiro mais estabelecido (novela, filme) ?
Já sabemos que mesmo um “reality show” não é real - tudo o que tem recorte tem manipulação - assim como quando nos propusemos a “ensaiar” sempre com algum público presente aquilo que se configurava já não era mais um ensaio, mas outra coisa. Estas fronteiras e formatos nos interessam , assim como a
idéia de gerar assunto além da metalinguagem (que é a linha que está presente em nossos experimentos desde o Projeto DR).


POR SHEILA


CAMPOS DE ESTRATÉGIAS (possibilidades para Caixa)

Espaço / Reality show / Foto / Música / Vídeo

Como pode se configurar?
Deu, vai, para, vem

Performance / Comportamento / Justificativa

Precariedade / Fragilidade / Processo / Produto

Tradução / Recorte / Antítese / Tese / Síntese

Uníssono / Relação / Afirmativa solo, duo, trio

Conceito / Textos / Site / Teórico

Pós-Moderno Contemporâneo




Mara: esse você já conhece

Tarina: fantasia Rosas de Ouro

vídeo simulação Tarina do Macu

Laura: hibrida discurso / assunto


Revela fragilidade – não movimento

Sheila: listas – chorar de frustração.



POR LAURA


Formalização em cena ou reality show

O mapa de tradução foi aberto e desmembrado da seguinte forma:
- Cada uma traria uma proposta; que seria o nº 1
- Qualquer uma pode escolher traduzir esta proposta; que seria o nº 2
- Qualquer uma pode escolher sintetizar a proposta inicial ou a tradução; que seria o nº 3

Todas as propostas podem ser objetivas ou subjetivas, narrativas ou abstratas;
Podem ser de diversas naturezas ou linguagens: dança, teatro, música, texto.

As proposições iniciais são pré-elaboradas individualmente;
As traduções podem ser pré-elaboradas ou elaboradas em tempo real;
As sínteses são elaboradas em tempo real;
Tanto proposições como traduções e sínteses são editadas em cena.
O formato é de coisa-sendo-construída, realidade fictícia ou ficção real;
Seria arte contemporânea ou reality show?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Cartografia DR - 6ª semana - 21 a 25/01/2008

Pesquisa prática : mapa de tradução - comportamento e roteiro



POR MARA:

Questões:

Comportamento: Como se relacionar com cada situação proposta em cada número (executar instruções / ver realização das instruções (para à seguir traduzir) / não ver realização da ação proposta – momento de espera)?
Tempo-> Como se engajar em cada situação dessas? Como estudar, elaborar? Relação de elaboração imediata. Quais dinâmicas podem ser propostas?


Espaço: sobre ter ou não um espaço definido para as ocorrências das traduções.

Possibilidades de recorte proposto para cada momento (cada situação do mapa), levantadas por nós quatro durante ensaios:

Perguntas para situação/pessoa nº1 do mapa:
- Qual seu foco? (movimento?/ composição em relação ao “público”, espaço? outros...???)

Perguntas para situação/pessoa nº2 do mapa:
- Quais formas de objetivar? (organizar seqüências de movimento, como coreografias?/ usar a falar, narrar ação?/ dramatizar situação?/ usar clichês de dança e teatro?/ outros...???)

Perguntas para situação/pessoa nº3 do mapa:
- Como sintetizar? (narrando?/ reduzir tempo e escolher poucas referencias que remetam a idéia central?/ testar a antítese do que observou e chegar a uma hibridação?/ subjetivar a ação usando somente o mais relevante do que observou?/ outros...???)



POR LAURA

jogo e formalização

Retomando o mapa de tradução algumas questões ficaram sublinhadas. Este jogo que acontece em tempo real pode ser mais estudado, preparado, pesquisado de antemão? E de que forma ficaria a relação entre o pré-concebido e a ocorrência; o esquema tático e a partida? A realização do mapa apontou a possibilidade de roteirizar algumas ações recorrentes que revelam o formato híbrido entre bastidores e apresentação que ele contém. A fronteira usual entre pesquisa e cena é borrada e isso interessa... provoca uma concentração despojada. Uma proposta re-emergiu destas constatações: cada uma preparará uma ação (pode ser 1, 2 ou 3) para alguém traduzir em outra (3, 2 ou 1). Assim, algo pré-concebido será o ponto de partida para a realização do jogo. A jogada seguinte é sempre uma versão ou subversão da anterior, num formato que discute roteiro, edição, jogo e formalização


Por Sheila


Ocorrências sobre o modo que cada integrante pesquisa as ações referente a :
1- disparo
2- clichê de 1
3- síntese de 2.

O tempo que se leva para encontrar o engajamento de resposta em 1,2,3.Diferença entre resposta imediata e resposta em outros tempos de pesquisa resultando em atitudes de elaboração que interfere no como olhamos os três ítens.

Acontecimento: tempo para pensar. Onde a informação que foi vista pode engajar na relação que evidencia a mecânica de aproximação do movimento(visto no outro) ampliando o discurso referente ao assunto proposto.

Comportamento: evidente na ação de pensar como os movimentos acontecem, durante a tentativa de entender por onde as escolhas estão sendo configuradas,acorrem atitudes que reinteram o assunto.

Percepções ao realizar a síntese : recorte de posições nos movimentos realizados em 2.
Esse(s) recorte(s) se transforma em assuntos ao produzir sentido no clichê ou na síntese, respondem não só através do imediatísmo,mas também podem seguir outras formas de entender essas posições 1,2,3, deixando que a referencia de :primeiro disparo,síntese e clichê apareçam de outras formas.




Por Tarina


-Complexificando os mapas de tradução no tempo/espaço para cada uma poder realmente estudar e propor algo.
-O subjetivo X objetivo segue interessando , de forma mais livre (ampliando os enunciados anteriores do jogo/mapa)
-A questão da autobiografia , e a relação com a arte comtemporânea (ou pós moderna?) e onde estamos nisso.
-Continua o sentido de discutir processo e produto?
-Estruturando omapa como cena.
-Começando a entender roteiro na nossa dramaturgia (a partir do mapa).
-Estruturando a “cena”.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Videos DR

Eis os vídeos produzidos durante o projeto DR.
Aqui estão as versões "renderizadas" em 320 x 240. Isto é: baixa resolução para que possam ser vistos on-line na propria Internet.
As versões definitivas em alta resolução estarão disponiveis para download direto do site www.dr.art.br em breve.

















quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Cartografia DR - 5ª semana - 17 a 21/12/2007

Pesquisa prática: mapa de tradução - continuação...

Anotações do quadro – dia 18/12 (direções dessa semana)

Questões gerais:
- Como nós estudamos o 1, 2, 3?
- Qual/is lógica/s de estudo de composição?
- O que é recorrente (tendência/insistência/hábito) em relação às escolhas e interesses de cada uma no 1, 2 e 3?
- Existe algum limite de diferença na tradução de cada número?
- Existem informações que preponderam e pulam nos 1, 2, 3 que hibridizam as “regras” de cada indicação/momento/número?

1 Estudo físico das possibilidades de disparo (enumeração do que já apareceu)
- experimentar um foco físico por um tempo (o nº 2 dá o tempo dessa experimentação)
- como formalizar: estudar a formalização, quando decidir comunicar a resolução (seqüências coreográficas)

2 Ampliar noção de clichê para a objetivação do 1
- cena teatro (narrativa) {originalmente: Tarina}
- “estilo” dança {originalmente: Mara}
- gesto “decodificado” {originalmente: Sheila}
- fala/descrição

3 Recorte do 2: da “idéia objetiva” (do que comunicou) para algo mais abstrato/físico/subjetivo
- tempo/espaço
- tese + antítese
- fala ou não




POR MARA:

Nessa semana continuamos a investigar o mapa de tradução. Levantamos diversas questões e possibilidades de realização compositiva (vide anotações do quadro do dia 18/12).
Um dos focos mais relevantes que identifico, nesse momento, é o levantamento de possibilidades de elaboração de cada proposta referente a cada número, sobre como propor/realizar pesquisa de movimento no 1; como traduzir objetivamente no 2; e como recortar/sintetizar idéia “principal” no 3.
Esses recortes têm relação direta com a lógica de organização e interesses que cada uma, e são importantes reveladores dessas distinções entre nós 4. Essa explicitação das diferenças/discordâncias gera parâmetros de análise sobre como entendemos comunicação, pontos centrais das questões e relevâncias.
Enquanto ponto de concordância entre nós entendemos a importância de discutirmos sobre as possibilidades realizadas e não realizadas esgarçando o campo de possibilidades, como:
- a relação entre números – sobre desenvolvimento do mapa como um todo;
- as diversas propostas que podem ou tendem a se compatibilizar em grupos – grupos de organização de propostas, de impulsos iniciais e lógicas operantes, e de desenvolvimento do mapa todo; por exemplo: se proponho algo no 1 que tem foco na relação com quem observa + foco de movimento existe uma tendência em direcionar para traduções mais próximas; assim como se a proposta tem atenção mais voltada à investigação de movimento no corpo (mais “abstrata”) tende a gerar traduções menos similares, dando margem a leituras com conexões mais dilatadas em relação à própria lógica e interesse do propositor 1. Enfim identificar regularidades nessa etapa parece de alta relevância para mapear com mais clareza nas regras e interesses e mais amplitude nas possibilidades





POR TARINA
Discutindo sempre

Esta semana foi uma semana muito legal para mim no DR. Uma das coisas que eu gosto mais em uma discussão é a possibilidade de mudar de idéia. Acho que foi Brecht (o dramaturgo) que disse que “todo homem tem o direito de mudar de idéia” ou algo parecido. Poder mudar de idéia é para mim um dos máximos da liberdade de pensamento.
Eu sempre tive uma certa imcompreensão com o mapa de tradução (proposto por Laura), eu pensava e dizia ( isso é o bom do DR , nós podemos nos falar sem ofender…): tem algo aí que eu me instiga , mas também tem algo que não sei o que é e não me estimula . E nunca teve a ver com o mapa em si , porque ele é uma mapa que para mim (antes de tudo) discute COMUNICAÇÃO , e isso é um dos assuntos que eu adoro, mas tinha mais a ver com algo relativo `a forma de apresentá-lo ou como ele podia ser visto. E também com o porquê de fazê-lo (se tinha clichê como assunto ou não, objetivo x subjetivo , dança x teatro x performance…)
Esta semana nós estudamos o mapa nos revezando entre as posições/jogadores e também nos propusemos a repensar de novo as regras/indicações. De alguma formaisto fez um sentido enorme no meu estudo de criação e fez realmente um sentido enorme entre co-autoria, antropofagia , reaproveitamanento e tudo isso mais em relação `a tudo o que está no mundo , e a forma como nos comunicamos o tempo inteiro. Eu entendi o mapa como um mapa de CRIAÇÃO , criação entendida desta forma toda coletiva (mas não sem perder a sua parte da história , a digestão que você fez de tudo aquilo : é mais ou menos assim tudo é de todo mundo , mas cada um tem uma parte que lhe reflete neste todo…)
Surgiram possibilidades novas como, por exemplo, estudar o mapa em vários dias , assim cada uma teria um tempo maior para elaborar sua jogada (não existem partidas de xadrez que duram dias?) e como isso tudo afeta nossa relação com o jogo …
E vamos seguindo. Reticências …




POR LAURA

Uma edição das possibilidades levantadas p/ cada ação

1 – comunicação subjetiva/abstrata; qualidade movimento, sensação física, coreografar seqüência, formatação/formalização cênica X estudo/pesquisa;

2 – comunicação objetiva/narrativa; gesto cotidiano, descrição/narração, ação objetiva, cena teatral, formatação/formalização cênica X estudo/pesquisa;

3 – comunicação objetiva – subjetiva; recorte, resumo, síntese (tese + antítese), imagem fotográfica, formatação/formalização cênica X estudo/pesquisa.

Uma edição de questões levantadas nas rodadas realizadas

A escolha feita em cada ação (dentre as possibilidades acima) tem implicação no campo de possibilidades da próxima;

O clichê pode aparecer nas três ações como ampliação do volume de imagens, intenções, discursos;

A rodada inversa (a volta) é contaminada pelo que se viu; a ação é manipulada pela observação e vice-versa;

Pensar e realizar ao mesmo tempo produz um formato híbrido entre estudo/pesquisa e formalização cênica que se aproxima muito de ‘jogo’ e de performance.




POR SHEILA

Pesquisa Coreográfica/ Mapas

Tradução

Tarefa

Sheila- observar frase de movimento realizada por Tarina.
Percepções a respeito da síntese/modos de olhar frases de movimento.

Sabendo que a tarefa é a síntese, percebi que muitos dos elementos utilizados pela Tarina pareciam sugerir síntese. Tudo que percebo já é um recorte...

A questão: A tática coletiva é circular pelos 4 pontos:disparo de movimento(1)/clichê(2)/síntese(3)/observação.

# pensando em pesquisar.
Quando respondo a uma das tarefas também posso prever as outras tarefas?Essa pode ser uma tática?

# Pensando que 1,2 e 3 passam em algum grau pela observação.
A resposta através de frase coreográfica/descrição/observação/síntese/cena teatral/ação de comer uma maça e outras por descobrir, validam sentidos particulares em cada tarefa.

#graus diferentes de comunicação/ campos de teste desconhecido.
Possibilidade de solucionar?
Evidenciar o processo de descoberta durante as ocorrências de movimento.
Dependendo das resposta de cada uma nas tarefas, o sentido do todo(1,2,3) caminha para campos específicos de comunicação.


pesquisa/ entrevista? : investigar através de perguntas para as pessoas,que noções de síntese estão permeadas no ambiente das pessoas, usar essa tática como possibilidade.

observador/ quando uma de nós fica de fora.
pesquisar possibilidades de ficar de fora observando, ampliar ações no campo da observação.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Cartografia DR – 4ª SEMANA – 10 a 14/12/2007

Pesquisa prática: mapa de tradução (postado dia 11/06/2007)


POR SHEILA ARÊAS
número 4


Estímulo
Preparação BMC - Tarina propôs massagem focando músculos/imagem esponjosa , sensação de úmido, pele deslizar,direção das fibras musculares.Variações dessas percepções ao estimular através do toque o corpo do outro.

* entendimento= após essa experimentação, a possibilidade de usar o estímulo muscular observando possibilidades de mudanças de tônus e outras variações na dinâmica e energia do movimento (a relação com o tônus altera energeticamente o movimento) podem linkar com a proposta do dia que é o estudo da Tradução.

*Conexões=pensei em utilizar essa informação muscular para engajar maneiras de dançar que alteram as relações que aparecem na tradução e também no uníssono.


#pensando sobre/idéias e possibilidades quem sabe:

Estudo da tradução

Para iniciar a divisão tarefa 1,2,3- realizaram sheila(1)- tarina(2) - laura(3)-mara observação.
1- criar uma seqüência de movimentos sabendo que vão ser transformadas em clichê e síntese.
O número 1-produz o primeiro disparo, em geral os movimentos são construídos em seqüência, frases coreográficas bem amarradas. Discutimos alguns pontos relativo a essa maneira de configurar o primeiro disparo de ação que serão transformados em clichê e síntese.Nesse formato voltando a percepções do número 1, Mara sugeriu que fizéssemos o número 1 sem seqüência ,mas com alguma indicativa que ressalte algum foco de interesse,qualidades físicas que possam ganhar campo de experimentação/exploração nesse caso talvez n com qualidades ,mais do que uma idéia ou improvisação que geralmente é o que nos utilizamos para construir.

Qual é o estímulo para se começar em 1?
Parece que um está permeado para o outro?
Ocorrências de movimentos que comuniquem transformações diferenciadas?
Será que especificar o número de cada uma pode ser possível trabalhar melhor as táticas de ação e pesquisar mais a fundo?

Que pontos de interesse na tradução aparecem?



Ensaio tradução com rodízio das posições de quem observa:

Percepção posição 1- na maioria das vezes os movimentos são construídos como seqüência coreográfica mais formalizada. Esse princípio gera determinados estímulos em 2 e três.
# Se o disparo do número 1 fosse de outra maneira?
A Mara experimentou o 1, movimentos que estavam conectados com um foco físico escolhido por ela,nesse caso o modo de abordar o foco estão nas possibilidades de lidar com esse engajamento durante a experimentação.
#Quando fiz o número 1 questões:
o foco de atenção muda, isso permeia a proposta que a Mara fez. Deixar o pensamento como em uma vitrine de ocorrências provocando comportamentos.Quanto tempo esse movimento(tempo,interesse,escolha do que fazer ) faz sentido.Como a experiência vai sendo construída aos poucos,estudo de identificação.


Percepção posição 2 - clichê/objetivação. Perguntas: Como e onde cada um entende clichê?
O estudo do clichê está em andamento.Alguns casos o entendimento de clichê e as diferenças dele na ação,provocam outras relações na comunicação.


Percepção posição 3 - síntese ainda em processo

# Um permeando o outro e talvez evidenciando os limites entre um e outro.Quando um se parece com o outro como podemos entender e diferença.As escolhas de falar, continuar fazendo e o não ver.




POR MARA

>>> Pergunta e reflexões do ponto de vista de participador do mapa de tradução, como número 1, 2 ou 3:

- Como traduzir informações de ações do outro, pela percepção enquanto observador?

--- O que consigo perceber do outro é sempre um recorte daquilo que tenho condições de me relacionar nesse curto espaço de tempo – de realização do mapa (que é previsto para ocorrer entre 1. experimentação de movimento de uma pessoa – enquanto outra observa; 2. tradução do que observador assistiu do 1 em uma versão clichê, enquanto um terceiro observa; 3. tradução em síntese da observação do terceiro. O jogo roda nesse sentido entre observar para traduzir e não ver uma parte da tradução, dependendo do número, e ao final é realizada uma rodada ao reverso 3, 2, 1 com todos assistindo).
Como não existe muito tempo de experimentação, os números 2 e 3 enquanto observam números 1 e 2, respectivamente, já observam o outro sabendo que irão traduzir aquilo que vêem, ou seja, existe uma restrição e uma urgência nesse olhar que trabalha em ‘recortes’ e ‘representações’ possíveis dentro do imediatismo proposto para realização/resolução do mapa. Essa restrição (temporal) age diretamente sobre tradução/experimentação elaborada, ou seja, esse tipo de mapa até agora conta com leituras nessa relação –> observação – reflexão - tradução <– que se sobrepõem temporalmente, todas as ações acontecem simultaneamente enquanto elaboração. Essa é uma característica/condição do mapa.

... Ficam as questões sobre como explorar o que se vê; como não desviar das indicações de cada número e mesmo assim ampliar possibilidades de leituras de cada um.
Algumas possíveis soluções estão em pesquisar os movimentos sem necessariamente organizá-los em seqüências (já testado); explicitar que é um estudo; variação no tempo de investigação.


>>> Perguntas e reflexões do ponto de vista de observador geral do mapa:

- Qual sentido de composição geral? Existe/precisa de algum?
- Como pesquisar as relações estudo-mostra entre momento inicial e repetição final (rodada inversa) entre estudo velado e desvelado?

--- Esse é um mapa que busca evidenciar a experimentação imediata e a condição de estudo envolvidas na tradução de experimentações em dança, sobre o que eu vejo do outro que me mobiliza a reorganizar essas informações. Existe ainda uma lacuna entre essas duas características - imediatismo na elaboração/realização e estudo de proposta/reelaboração – identifico que essa lacuna está na relação temporal, na duração de cada característica, que exigem prontidões distintas.
Enquanto observador geral existe uma tendência instigante nessa proposta que transita nesse paradoxo de relação entre essas condições, um conflito que pode gerar discussões interessantes em termos de movimento, composição e relação.
As experimentações podem focar o estudo de cada proposta, obedecendo as regras pré-estabelecidas, mas introduzindo diversas perspectivas e possibilidades de desdobramentos, intensificando esse conflito, e então pode organizar composições que explicitem ainda mais a discussão proposta com esse mapa de tradução (apropriação/antropofagia).




POR TARINA
Se entendendo…

Comunicação. Eu falo uma coisa , você entende outra. É a mesma “coisa”, mas teve que passar por um monte de filtros de associação, memórias, percepção, seu estado emocional … Nos mapas de tradução , como eu vejo, nos propusemos a estudar o processo e a forma pela qual nos entendemos. Nesse mapa, nos dividimos em três “jogadoras” e é um jogo de comunicação onde:
Jogador 1 – estuda o movimento
Jogador 2 – “traduz” o estudo do jogador um em um clichê (teatro, dança, etc…)
Jogador 3 – sintetiza a ação de jogador 2

Há a necessidade de se transformar o estudo do jogador 1 em clichê ? Porque se o nosso assunto é clichê então o foco do jogo em si teria que ser outro ... Abrimos a possibilidade de repensar a ação do jogador 2 como “traduzir em algo OBJETIVO” o estudo de jogador 1, ao invés de traduzir num clichê.
Isto abre um outro lance em relação `a comunicação. O que é OBJETIVO? É um gesto? É algo que eu posso “entender” = traduzir na mente em palavras? Tem que ter dramaturgia = historinha?
E o que é SUBJETIVO? O que é que se entende/conhece/percebe mesmo quando não “entendemos”?
Qual a relação entre objetividade e subjetividade na comunicação, e o que é /tem que ser parte imprescindível para que algo seja dança, e como aí se dá a comunicação?
E como é que é possível se comunicar?…
Isto está me interessando …



POR LAURA

Tradução ou manipulação de informação

Abordamos o segundo procedimento selecionado, a tradução ou manipulação de informação. Presente na dança sempre que se pretende transmitir movimentos de um corpo para outro, suscitou algumas discussões a respeito da interpretação inerente a este procedimento. Ao ser realizado em tempo real, o que ressaltamos são as escolhas que se faz, ou que um corpo pode fazer, ao buscar se apropriar de movimentação alheia. E, a partir desta apropriação, que enfoques resultam das escolhas feitas; o que muda em termos de comunicação. Este mapa elege três possibilidades abrangentes de enfoque que delimitam um leque mais específico para as versões individuais, numa graduação que vai da comunicação subjetiva/abstrata do movimento à comunicação de uma ação física objetiva. Duas discussões são apontadas neste procedimento: uma referente às relações de co-autoria nos processos de criação, através da explicitação do recorte individual para um material transmitido (manipulação de informação) e outra relacionada à transformação de um material físico/idéia em outro/outra (tradução cênica).

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Cartografia DR - 3ª SEMANA – 03 a 07/12/2007

Pesquisa prática – uníssono tática manipulação.


POR LAURA

Uníssonos: construção/desconstrução – táticas

Abordamos o primeiro procedimento selecionado, a composição em uníssono. Tradicional formato de composição em dança, suscitou algumas discussões a respeito o aspecto de concordância que este formato exige/revela. Sem pré-concebê-lo (coreógrafa-lo) construindo-o em tempo real, o que ressaltamos é a tentativa de realizá-lo. E, a partir desta, que táticas utilizamos para esta realização, que demonstram o sucesso ou o insucesso desta empreitada. Algumas táticas, como a realização lenta dos movimentos, visam garantir o uníssono, outras revelam a impossibilidade de fazê-lo (tentativa de ajuste, foco nos acentos finais, movimento borrado, manipulação física e verbal, etc.). A explicitação das diferentes táticas pra se chegar ao ‘acordo’ do uníssono são o foco deste procedimento, que pretende discutir o que está implicado num formato de concordância.



POR TARINA

Seguindo com uníssonos

Os procedimentos que escolhemos para estudar sempre relacionam-se com as questões que estão mais presentes para nós , e com o que queremos discutir a partir delas.
Nesta semana estudamos uma tática de uníssono que chamamos de manipulação. Experimentamos um procedimento no qual uma pessoa manipula os movimentos de outra, procurando construir o uníssono a partir dessa manipulação. Começamos definindo um manipulador e um manipulado, mas depois estes papéis tornam-se intercambiáveis na dança. Esta manipulação a dois desdobrou-se para a mesma idéia em trios, pois neste formato a complexidade aumenta, assim como as possibilidades combinatórias manipulador/manipulado.

Na tática da manipulação, de uma forma bastante clara, existem mais obstáculos físicos para os corpos concordarem no uníssono , pois um deles em um determinado recorte de tempo será o manipulador, ou seja, pela REGRA já estará numa tarefa que não compartilha com os outros corpos. Como concordar parcialmente?Sem compartilhar todos os objetivos? Quando eu penso em concordar , eu penso não em pensar igual, mas chegar a um acordo, e esta é uma possibilidade que experienciamos fisicamente nesta tática.

No nosso estudo de uníssono sempre buscamos revelar/estudar sua construção e dessa forma entendê-lo.

A manipulação é um dos procedimentos que foram selecionados para serem estudados na cartografia DR , e neste caso ela foi/é cartografada como um dos possíveis tipos de uníssono.



POR MARA

manipulação em dupla
objetivo: buscar uníssono na dupla

como encontrar situações/posições/movimentos semelhantes tendo a manipulação entre dupla como condutora da proposta? – uma tática possível...

uma das parceiras conduz outra que responde ao toque a sua maneira, e se coloca em relação constantemente.
tentativas e rearranjos constantes.
ambas buscam manter-se em uníssono, o tempo todo.
como isso é possível?
o que eu entendo como uníssono? formas semelhantes? impulsos próximos? mesmo posicionamento no espaço? caminhos de movimentos parecidos?

a manipulação dificulta a possibilidade de uníssono por um lado, pois o entendimento do toque não é altamente direcionavel, ele possibilita diversos entendimentos de caminhos e tendências de movimentos e direções.
por outro lado a condução pode ser estudada a ponto de intensificar o que se pretende com o toque, para que essa comunicação seja mais proximamente entendida. esse estudo conduz a uma repetição dos mesmos toques, como técnica de comando e certo controle de seus desdobramentos.

acho interessante essa tática enquanto procedimento, por proporcionar dificuldades no objetivo do uníssono, e pelas tentativas de atingir-lo, que organizam as duplas entre situações e arranjos desajustados e dinâmicos.
é necessário muita prontidão e agilidade na resolução em tempo real, para que talvez essa estratégia seja lida como uma tentativa de uníssono.

vale a pena investir enquanto tática de uníssono (já pesquisada anteriormente, porém sem tanto foco) - por sua condição inadequada e pela demanda de atenção exigida durante tomada de decisões.



POR SHEILA

Escolhas a 8 mãos...

Como pensar aquecimento/preparação/disponibilidade para/ou algo que nos engaje na ação proposta?
Além das necessidades individuais de como aquecer,as negociações entre nós apontam lógicas que podem já embalar a pesquisa em foco, visto o uníssono como ítem.
Entre nós decidimos mesclar massagem e uníssono.
Dividimos em duas duplas.
Revisitar massagem e uníssono interagindo dois a dois, muito me fez lembrar de referências ou de situações físicas que parecem evidências de espaços de pesquisa já conhecidos e depois nem tão conhecido,quanto tempo é dado a uma proposta para que ela saia de uma camada de interesse para outras de maior interesse.Que percepções auxiliam esses parâmetros?

Como aquecer com massagem e uníssono, é possível ou não?
A explicação do primeiro teste físico,num primeiro momento parecia entendido pelas 4 Mara, Tarina, Laura, Sheila.
Comunicar uma proposta tem sido um dos motes de interesse pessoal. Decorrente de emissões de falas que parecem informar algo entendível, o sentido aqui e entender quando os outros näo entendem o que falo! mas a lacuna na comunicação de idéias e propostas de movimento me faz pensar novamente na escrita como exercício.

Projetar pensamentos que podem não ocorrer...
Em continuar investigando formas de massagem, seja pela objetiva açäo de massagear até intencionalmente a ação de subverter a condição que aborda procedimentos físicos tão conhecidos e quase constrangedor quando em negociação no entendimento de cada uma.
A idéia de agir no movimento /físico do outro pelo toque/massagem/idéias de massagem, podem favorecer ou contrapor a dinâmica uníssono,penso que massagem pode gerar materiais físicos de custo/benefício para as relações e entre os corpos podendo produzir texturas de ação/comportamentos sem cessar a busca pelo uníssono.

Falamos e não fizemos,por enquanto..
-Podemos aquecer com BMC e fazer o link para o uníssono?
-Tem a proposta que a sheila deu na 2 semana,podemos retomar.Que dança posso produzir com esse aquecimento?

domingo, 9 de dezembro de 2007

Cartografia DR - 2ª SEMANA - 26 a 30/11/2007

Planejamento e seleção dos procedimentos;
Início de pesquisa prática.


POR MARA

possivies apontamentos iniciais para pesquisa do projeto Cartografia DR
seleções e planejamentos

interesse geral:
> intensificar pesquisa de movimento, composição e comportamento;
> insistir e explicitar procedimentos

- elaborar propostas que tenham como foco algumas investigações de movimento e organizações de mapas que discutam as questões levantadas
- pesquisar precariedade como foco de investigação
- continuar a investigar estado entre formalidade/informalidade das artistas durante e entre procedimentos de dança – sobre como se comunicar, concentrar e discutir.
- continuar a discutir formatos de dança – que não é para palco, não é ensaio – um entre... e propor algumas intervenções.

- experimentar:
1. uníssonos - como discussão de convívio, comportamento e ação/situação partilhada;
2. propostas de tradução – questionando comunicação e entendimento;
3. manipulações/solos/duos – embate mais específicos de relações.

- fazer mais...



POR SHEILA

A improvisação no uníssono e os acordos reconhecíveis por todas mara tarina sheila e laura.Relembrar
Reflexão do que está sendo feito no uníssono e outras táticas para experimentar.
Observação de espaços dentro do uníssono.
Como preparo para começar?Testando aquecimento individual assistido pelas outras.
#nesse momento uma interrompe o movimento da outra quando percebe que algo referente ao movimento instiga começar uma proposta individual,desta maneira essa última é observada até que novamente ocorra essa escolha por outra.



POR TARINA

O começo da outra parte

Nesta segunda semana começamos o estudo dos unísonos. O uníssono é aquela organização de dança na qual todos os bailarinos executam o mesmos movimentos ao mesmo tempo.No nosso estudo de uníssonos, nós não temos uma coreografia pré-definida , nós a construímos em tempo real. Foi uma das formas que nós encontramos para discutir essa idéia de uníssono. Superficialmente, uníssono para mim tem uma organização um pouco burra, quando você a vê pronta : todos pensando a mesma coisa sem espaço para discordância. Mas observando mais, dá pra ver que é na verdade uma organização extremamente refinada e inteligente : existe um processo de discussão acontecendo para que todos aqueles corpos possam concordar. Esse processo de concordar é uma das coisas que me instiga no uníssono. E no nosso caso, é realmente uma discussão sobre as possibilidades destes pontos de acordo. E também a percepção de que nem sempre ele é possível…
O grupo dos uníssonos tem diversas táticas que estão por nós sendo mapeadas, e nós os chamamos assim, no plural, justamente porque cada tática define para nós um tipo diferente de uníssono. Uma das idéias é tranformar o uníssono em um jogo, e para construir suas regras, escolhemos como procedimento estudar cada tática separadamente.
Táticas da semana :
- Uníssono lento – nesta tática realizamos o uníssono de forma mais controlada e sempre procurando nos matermos no campo de visão uma das outras (REGRA). Depois de um certo tempo esta tática deixa de ser eficiente em relação ao interesse que mantemos nos nossos próprios corpos, mas por ser tão clara , torna-se um parâmetro para outras táticas.
- Uníssono buscando outros pontos de interesse/foco no corpo – nesta tática, uma de nós pode escolher alguma parte do corpo/tipo de movimento para não acompanhar o uníssono (mas para isso, como REGRA , as outras têm que concordar em não seguir esta parte do corpo/tipo de movimento). Disto também surge a questão de como e por onde cada uma entende e escolhe buscar o uníssono.



POR LAURA

Assuntos e metalinguagem

Os mapas pré-selecionados pra realização desta pesquisa foram inicialmente agrupados em três recortes:
– Uníssonos
– Tradução
– Manipulação
Os assuntos tratados em tais procedimentos foram inicialmente reconhecidos em três tipos de relações:
– co-autoria
– interpretação/apropriação
– poder
Os procedimentos e os assuntos levantados já apontaram pra uma discussão metalingüística de dança. Agora, uma questão pra esta pesquisa é: estes assuntos ganharão outra dimensão nos mapas para além da metalinguagem?

sábado, 8 de dezembro de 2007

Cartografia DR - 1ª SEMANA - 19 a 23/11/2007

Elaboração das questões, conceitos e metodologia da pesquisa


POR TARINA

O fim do começo

Com o Projeto DR (Fomento `a Dança 2006 , realizado entre novembro/2006 e setembro 2007) experimentamos um “algo” inédito em muitos sentidos para todas nós: sem uma figura centralizadora de direção , um processo no qual o produto era o próprio processo e onde tudo era discutido e organizado por todas, sem distinções hierárquicas. Desenvolvemos nosso próprio vocabulário para dialogarmos sobre as estruturas de composição em dança que estávamos criando :nós as chamamos de MAPAS. Os mapas assim como a idéia de cartografia estiveram sempre permeando este projeto , desde a forma pela qual decidimos organizar os lugares de ensaio/performance (geograficamente espalhados por cinco localizações em São Paulo) até o fato de mapearmos todas as relações que conseguimos perceber: entre nós (de poder ,
co-autoria , manipulação) , entre nós e nosso público , entre as estruturas coreográficas por nós criadas/mapeadas , entre os espaços pelos quais transitamos , entre a criação artística e a produção/ produção executiva , entre o que falamos e o que dançamos…
Neste projeto sempre ensaiávamos em espaços abertos (cinco no total , mais o site/blog) e nunca tivemos uma sala de ensaio. Uma das idéias do projeto era revelar/socializar os meios de produção de uma obra coreográfica (discutindo essa relação), desta forma o público poderia experienciar e atuar no nosso processo de construção .
Na nossa ocupação itinerante, cada um destes espaços/lugares nos trouxe questionamentos e mudou o nosso olhar sobre um certo aspecto daquilo que estávamos estudando . Cartografando nossas relações com estes lugares , cartografamos as relações entre nós mesmas e também as estruturas coreográficas (nossos mapas) que nos permitiram encontrar nossa forma de discutir dança.
Desta experiência, aconteceu o CARTOGRAFIA DR , um projeto de pesquisa em dança , contemplado pelo prêmio FUNARTE 2007. Depois de experienciarmos 9 meses de nomadismo, e sem nunca ensaiarmos sem a presença de público, estamos de volta a um dos espaços do Projeto DR (o B_arco) para estudarmos durante alguns meses o desenho desta cartografia por nós criada.
Pensamos a cartogrtafia como algo em movimento , e não completamente definido. Ela se define conforme é experienciada, mas está dentro de certas coordenadas que nos permitem acessá-la. Nos próximos meses vamos aprofundar estas coordenadas , e veremos o que emergirá delas.
Na Cartografia DR, vamos começar a partir das estruturas que já foram apontadas no Projeto DR.
Por enquanto , entendemos os mapas em três grupos:
-Uníssonos
-Tradução
-Manipulação/Solos
Existe contaminação entre estes grupos assim como entre cada mapa, mas cada um tem suas especificidades.
Mesmo estando em uma sala de pesquisa o projeto mantém uma possibilidade de comunicação durante todo a sua realização : semanalmente , publicaremos textos referentes `a nossa pesquisa neste blog , e ao final da pesquisa selecionaremos o que vai para o site.Você pode comentar os textos ou enviar e-mail para nós…



POR SHEILA

Sobre a Pesquisa de Criação

-Conversa sobre o processo de criação dos Mapas que foram configurados no projeto DR discutindo as relações (Fomento a Dança).
#Esses Mapas ganharam material em elaborações de danças, relatos, fotos,vídeos, site/blog.

-No projeto Cartografia (Funarte) o assunto é possibilitar que esses Mapas, cujos nomes também são reconhecidos por (estudo/pesquisa do) uníssono, (estudo/pesquisa) de táticas de tradução, (estudos/pesquisa) de manipulação possam ser aprofundados,seguindo formatos de pesquisa coletiva que são elaborados na experiência desse encontro, promovidas por discussões entre Mara ,Laura,Tarina e Sheila.

#Esses 3 itens que escolhi citar interligam-se a outros Mapas/procedimentos que recebem nomeações como duos,solos,mapas para o público que também podem vir a ser testados na Cartografia.

#Ainda refletindo a respeito do DR - discutindo as relações
espaço de verbalizar ocorrências encontrar modos de realizar essa verbalização e perceber a comunicação a respeito do processo tanto nos relatos quanto nas danças construídas relacionando essas ocorrências.

-Se a proposta do projeto é tornar o Campo de teste desses itens mais complexo....Quais são as questões apontadas?Quais interessam ao grupo e quais são individuais? Como comportar-se no desacordo, como o espaço continuar sendo produtivo?

# Camadas possíveis: que cada uma das integrantes do projeto interage em propostas individuais ou Mapas (individual que ora transpassa de uma proposição/Mapas em decorrência e /ou complementação para outra proposição), provocando tanto familiaridade entre os Mapas quando deslocamentos, nesse caso outras provocações podem ocorrer na pesquisa, espaço em que os comportamentos podem ser percebidos e usando como alavanca.
#comportamentos que apontam deslocamentos instigantes nos Mapas. Que possibilidades podem existir olhando para o inevitável deslocamento dos encontros entre os Mapas?

- Complexidade das danças /táticas mais aprofundadas/assuntos que vão sendo traduzidos/ quais afirmativas negociamos e por quanto tempo?

#Seguindo como?: identificar o(s) assunto(s) .Esses assuntos podem aparecer como proposição individual ou como outro ponto a ser explorado.
#Buscando? usar as indicativas de questões que já discutidas na dança como assunto transformando esse material em argumentos mais consistentes.



POR MARA

questões iniciais – incômodos – transição entre projetos (dr - discutindo as relações / cartografia dr) – mobilizações para pesquisa

propus 3 níveis de análise como tática para identificação das questões identificadas. porém esses níveis não tem o objetivo de separar instâncias estanques, e sim distinguir as reflexões com base em certos eixos de discussão (movimento, composição, comportamento), sem deixar de considerar a inter-relação entre os níveis sugeridos.

nível I – movimento
- que organizações são lidas e assumidas como interessante para nós em relação as suas configurações de movimento, e porque?
- o que discutir no corpo e como? existem questões além da funcionalidade do movimento?
- quais são as lógicas organizativas e associativas de cada uma de nós? quais interesses particulares?

nível II – composição
- porque dançar em/para público?
- que discussões a dança já propõe como metalinguagem? é só isso que nos interessa, ou queremos discutir outras questões?
- o que chamamos de ‘mapas’, como instruções para composição, podem chegar a que intensidade de reflexão e discussão das propostas compositivas, e como?

nível III – comportamento
- como e porque continuar pesquisando dança? – quais condições de sobrevivência criativa e financeira? – o que alimenta artista, convívio e processo?
- como lidar com a precariedade?
- porque desejo de estar em espaços públicos/compartilhados?



POR LAURA

Criação coletiva ou como viver junto?

Uma das questões que ficaram quando terminarmos o projeto do Fomento foi a da divergência/convergência entre nós. Partimos de uma proposta em comum e chegamos a quatro versões sobre a proposta inicial. A idéia era discutir mesmo, e explicitar quatro pontos de vista sobre os mesmos assuntos acabou sendo das coisas mais férteis do trabalho. Chegamos, então, numa outra proposta comum: a de investigar procedimentos que chamamos de mapas, para compor dança em tempo real. E, claro, vamos elaborar quatro versões desta proposta, até que, talvez, ao fim do projeto, cheguemos em outra idéia comum... A pergunta principal que faço neste momento para esta pesquisa é: como enfatizar, esteticamente (na composição), o dissenso que leva ao consenso e novamente ao dissenso e assim sucessivamente? Começamos por este blog, decidindo publicar, durante sua realização, quatro relatos da pesquisa.

CARTOGRAFIA DR

Projeto de pesquisa prática em dança contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna

Cartografia é uma proposta de pesquisa de composição em dança que investiga estruturas compositivas denominadas mapas, elaboradas no projeto ‘DR – discutindo as relações’ (contemplado pelo Programa Municipal de Fomento à Dança de São Paulo). Mapa foi a denominação dada para estruturas abertas de composição que contêm regras e instruções para serem realizadas no momento da sua ocorrência. A premissa que embasa este formato é a de que a dança se configura no próprio processo de compor, e o processo compositivo já é a composição. Tal proposta decorre da concepção de ‘processo como produto’, e os mapas criados são hipóteses cênicas deste conceito.

Propõe-se desenvolver e editar os mapas de composição esboçados no projeto anterior. Neste, o foco era a criação de procedimentos compositivos construídos publicamente em cinco espaços diferentes: Casa das Rosas, B_arco, Projeto Aprendiz, Praça da Sé, Galeria Olido – além do site e blog. Cada objeto-experimento local era uma apresentação que construía em tempo real seu próprio método. Para esta continuidade foram pré-selecionados procedimentos compositivos apontados nestas experimentações públicas que serão reformulados, desenvolvidos, mapeados. Todos os mapas investigados serão compilados numa cartografia.

Esta pesquisa será realizada no B_arco e o seu desenvolvimento publicado neste blog no decorrer da sua ocorrência, na forma de relatos. O resultado final será a edição e publicação destes textos em site (www.dr.art.br) acompanhados de fotos, vídeos, trilhas sonoras. Tais publicações partilharão o processo de desenvolvimento da pesquisa bem como as edições finais dos mapas e as reflexões acerca desta investigação.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

MAPA FINAL - proposto por Sheila

Praça da Sé

ENSAIO DO DIA:

A- Campo de teste
esse é o entendimento de fundo para se estar lá

B- Mapas em relaçäo
cada uma pode propor algum mapa em relaçäo a outro

C- Espaço
Intermediaçäo com o público
Público próximo/distante,intercalar essa relaçäo

MANIPULAÇÄO (* contato), relacäo com SOLOS

Tarina: melhor,gosto,näo gosto
Laura: direçöes ,contrários
Mara : monumental
Joana ,Fafael e nós: observar/intermediar/escrever no papel o que está vendo acontecer

TENTATIVAS: graduaçöes nessa relacäo acima/aquecimento/teste que interessa ,reconhecimento

UNÍSSONO relacäo com traduçäo
deu,para ,vai, vem , repete,síntese,complexo,clichê,complexificar os uníssonos

TENTATIVA : usar o papel

TRIO: Mara monumental,Tarina pula .Laura manipula e sheila fala,trocar de posicäo,campo de teste ampliar possibilidades.


PÚBLICO/TRANSEUNTES
PODE?
PERGUNTAR
PEDIR
INTERROMPER
IR EMBORA
NÄO ENTENDER
ESCREVER
DESENHAR NO PAPEL
O QUE VC GOSTA DE VER DA PERFORMANCE

Mapa Final – Proposto por Laura

Prólogo

Vídeo Casa das Rosas

Capítulo I: Uníssonos

Uníssonos c/ tempo p/ construção
Fotos b_arco
Vídeo Aprendiz

Capítulo II: Solos

Solos Laura, Mara, Sheila, Tarina.
Fotos em clip Olido

Capíttulo III: Tradução

Tradução em trio c/ instruções p/o público

Epílogo

Fotos e vídeo Praça da Sé

Regras p/ composição:

– Os capítulos compreendem ‘assuntos’, que podem não ser esgotados de uma vez, mas devem ser estabelecidos como tal.
– Dentro de cada assunto as mídias podem ser usadas intercaladamente, sendo que a preferência é sempre pelo início com o procedimento em tempo real. (Que poderá ser interrompido e retomado após intervenção de seu correspondente ‘virtual’.)
– Cada assunto é apresentado e discutido com o público, que poderá intervir verbalmente solicitando demonstrações.

Funções:

Narração dos procedimentos p/o público
Ocupação principal: Tarina

Manipulação verbal das ações físicas
Ocupação principal: Sheila

Mapeamento escrito da composição
Ocupação principal: Mara

Roteiro e articulação entre mídias
Ocupação principal: Laura

Mapa final - proposto por Tarina

Para realização na Praça da Sé

*Indicações para o público (escritas no papel craft , exposto no chão da praça) :
Você pode:
-Assistir
-Perguntar
-Intervir
-Escrever no papel
-Pedir para repetirmos algo
-Não entender
-Ir embora


*Questões para nós quatro (Laura, Mara, Sheila e Tarina)

Quais são as relações de poder na praça :
-Entre nós
-Entre nós e o público
-Dentro do espaço público e no espaço que cada um define como seu (moradores,pregadores,músicos.nós…)

Como essas relações se refletem nos nossos corpos ?

Questão da inversão das “flechas” na relação de poder entre performers e público.

Quanto tempo cada procedimento sobrevive dentra da praça?

*Mapas do dia

Solos
Em qualquer um dos solos as outras performers podem estar na posição de intermediadoras na comunicação público/solista.
-Mara – MONUMENTOSO (monumental )
-Sheila – MONSTRUELO (monstruoso x belo)
-Laura – DIRECITÁRIO (direções , e direções opostas , comentários)
-Tarina – MELHOROSTO (melhora , gosto x não gosto)

Uníssonos e suas táticas
-Com as mãos dadas
-Lento
-Grudado
-Borrado (um mais rápido)
-Realizando só algumas partes
-Reconhecimento do uníssono (dizer DEU/NÃO DEU)
-Pausar
-Em tempos diferentes (mostrando primeiro)



Duo Mara/Tarina experimentado em uníssono com Sheila/Laura

Traduções
Entre os solos e dentro dos uníssonos , as traduções entram como procedimento livre, desde que sejam comunicadas.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

MAPA FINAL - PROPOSTO POR MARA

Para realização no B_arco

MAPAS DO DIA:
-> Solo Tarina: variações de tônus
-relações: faz junto quando você gosta; pede para repetir – junto ou não; pede para melhorar
-> Solo Laura: roubo como comentário pontual / bastidor, teste para realizar (seleção natural)
-relação massa – observação/comentário/posição no espaço.
-> Solo Sheila: disparos (estável/instável) / episódico
-como é possível se comportar em relação ao solo?
-> Solo Mara: monumental
-relações: Tarina – entrar com foco do duo; Laura – manipulações (toque); Sheila – manipulações (verbal)
-> Uníssonos
-> Duo Laura/Tarina (ou Laura/outras) - dublagem
-> Traduções como clichê ou tentativa de “replicação”

NORMAS PARA COMPOSIÇÃO
-- Tradução serve como coringa – pode ser acionado a qualquer momento como comentário pontual
-- Não existe ordem entre mapas, a escolha se dá em tempo real, durante a ocorrência da composição. A seleção de um mapa deve ser explicitada no momento de sua escolha e imediato início (seja pela ação, fala, escrita (kraft) ou outros).
-- Existe a possibilidade de sobreposição de mapas, desde que condiza com as regras implicadas.
-- Sempre que solicitado (verbalmente) pelo público a esclarecer dúvidas, questões ou pedido de execução de determinado mapa, deve-se realizá-lo prontamente. (A dublagem da Laura pode ser usada nesse momento).
-- As indicações verbais podem (ou não) ser realizadas com megafone

NORMAS DE CONDUTA – para PÚBLICO, incluindo Laura, Mara, Sheila, Tarina e equipe do projeto.
-> Possibilidades:
- escrever no papel kraft perguntas, questões, sugestões e/ou comentários
- realizar perguntas verbalmente (pode-se usar megafone)
- fazer pedidos verbalmente – caso deseje ver algum mapa mais uma vez, ou pedir algum mapa que ainda não foi realizado, ou alguma outra indicação que sinta vontade de acrescentar (pode-se usar megafone)
- mudar de lugar no espaço quando desejar
- ir embora (não inclui Laura, Mara, Sheila, Tarina e equipe do projeto)

RECURSOS DISPONÍVEIS:
- Quadro como “menu” – com mapas do dia
- Normas de conduta e de composição estarão escritas em folhetos que distribuímos na entrada para público
- Pedaços de kraft espalhados pelo chão, com observações nossas escritas e espaço para escrevermos e escreverem durante o processo.
- Megafone

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Anotações propostas - quadro/ Galeria Olido

DR, NA GALERIA OLIDO
POR: TARINA/MARA/LAURA/SHEILA


“ NO QUADRO “

- EXPLICITANDO AS RELAÇÖES
- INTERMEDIAÇÄO COM OS TRANSEUNTES


10/8/2007
proposta : Aquecimento dos solos
horário: das 14:00 as 17:00

ESTUDOS:
TARINA : Mudanças de tônus + Ramiro + Dinämica


SHEILA: 1- escolhe posiçäo
2- como chego nela
3- como desestabilizo ela
4- quais partes podem ser desestabilizadas
Aqueci já estudando o solo instável/ estável


MARA:- Aquecimento - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - TARINA:- Aquecimento solo
- Estudos de Movimentos Monumentais - - - - - - - - - - - - - Retornarc/Mara
- Falando junto
- pessoas pedem


LAURA:- Estudo do solo conversando com alguém próximo,falando,fazendo,parando, ouvindo
- Recapitulando a densidade do corpo/espaço
- Inverter rotaçöes articulares
- Fluxo sem impulso
- Mostrar de onde vem a vontade de se movimentar,inverter isso- direçäo ondulacäo dinâmica/ritmo.


14/8/2007
proposta: Como identifico nos “solos” possíveis MAPAS

QUESTÖES:
*Metalinguagem
*Qual é o assunto?
*Transeunte “Claus”,pergunta: Qual é o tema? A msg?
resposta “Claus” : tensäo no cotidiano das pessoas hoje em dia
*Explicitando parâmetros

MARA : Estudo de movimentos monumentais,testar:
- começar grande
- montar pequenos ajustes
- táticas de inícios
- quebras
- abandono
- ligaçöes
- táticas para finais

SHEILA : idem dia 10/8

TARINA: aquecimento estudando articulaçöes e mudanças de tônus Ramiro /Macul

LAURA: estudo do solo conversando com alguém próximo
com sheila- antropofagia,fagocitar o movimento,densidade//
1 diálogo- apropriar(ondulado) passeio articular (ocupaçäo:quetäo do sentido do movimento)
2 diálogo - conversa: gesto mais próximo pensamento,pausa:pontuacäo- vírgula,palavra(assunto näo fragmentado)


16/08/2007 --- proposta roteiro --
- solos( uma de cada vez)
- she----------------------------------------------- invertendo papéis pesquisa solo/direçäo
- lau------------------------------------------
- tarina----------------------------------
-mara---------------------------------------
- duo tarina/mara



17/8/2007
proposta:solos por que?pra que?

QUESTÖES
Quando consigo me satisfazer com o Discursso que proponho?
Quando a Formulaçäo Acontece?
Você ,o outro podem Concordar ou Näo mas eu disse!!

O que é o “DEU” ?
Porque espaço PÚBLICO?
Qual é o MAPA?

Que movimentos engajam a pesquisa?
Parece que até agora é sim para tudo!
Achar Näos para algumas coisas?
Por onde começo?
Foco na desestabilizaçäo

LAURA:Porque me mover?
diálogos no corpo fluxo de pensamento testa num lugar para fazer um outro movimento que passeiam pelo corpo todo pelas articulaçöes duas dinâmicas: ondulada e fragmentado
TARINA: articulacäo e tônus/ lembrar : Ramiri e Macul / duo- curvo+ mole-reto / quedas/ pés- joelho / inclinaçöes

SHEILA: disparos/cabeça/braços/ coluna/pernas

>Mapa da relaçäo

#Tema -“DEU “
Qual é a pergunta do DEU?

#Tema -“EPISÓDIO”
Até onde me satisfaço nesse assunto?


21/08/2007 -- MARA/SHEILA/LAURA/TARINA ----

1-Início:aquecimento-solos (cada um estuda o seu)

estudos
estudos formalizados
posiçöes
desestabilizar
episódico
primário


sheila- estudos de entradas
estados de ânimo
epopéia,narrativo,episódicos,épico

tarina - mudanças de tônus+ Ramiro+ dinâmica
repeticäo- aquecimento articulacöes+ tônus(ramiro/macul)

mara- monumentais
espaço: dr com sheila
como ocupa?
o movimento já é
espaço já está
pq tal espaço?
tempo de consrtuçäo da imagem
imagens+ exploradas
- prontas


laura- falta de variacäo de tônus


duo tarina e mara-
manipulaçäo mara na tarina
contra -peso
mara-base
lançamento da tarina
identificar imagens/padröesclichês de dança

laura recapitulando
.densidade corpos/espaços
.inverter rotaçöes articulares
.fluxo sem impulso
.mostrar de onde vem a vontade de se mover
.inverter isso,etc...


23/08/2007
Proposta: 1 solo como foco e outras em relação, quem faz solo-foco pode definir as funções das outras...ou não...

Mara: solo monumental
Funções: Tarina – entra no duo; Laura – manipulações (toque); Sheila – dirige (verbal)

Tarina: faz junto quando você gosta
Pede para repetir – junto ou não
Pede para melhorar

Laura: roubo como comentário pontual
Retomar solo passando por tudo? Testando idéia de bastidor, teste para realizar (seleção natural).

Sheila: disparos (estável/instável)
Episódico
Como é possível se comportar em relação ao solo.


24/08/2007

Encontro com Joana, Rafa, participação de Paulo

1- Cartografia
- sensível
- resposta ao contexto
- critérios:potencial vital

2- Cartogarfia do movimento
- flluxo sensível
-relaçäo com o contexto
- evidencia,relacäo/incomodos
da relacäo com o lugar,mas de outras formas

desejo/potencial de gerar ruptura


28/08/2007
Proposta do dia:
- elaboração dos mapas finais
- discussão sobre propostas de Joana e Rafa para ação de 31/08.

30/08/2007
Proposta do dia:
- solo Tarina: estudo das articulações e tônus
Relação com estado dos outros corpos
- solo Mara: 1- “monumental” ; imagens ; movimento
2 – interferências de Tarina e Márcio – indicações verbais para foco monumental.
3 – indicações variadas
- duo Tarina/Mara: manipulações, resistência, Tarina-compactaXpassiva, Mara-base-lançamento.


31/08/2007
Participação: Karina, Joana, Rafa, Gilvan, Sérgio e Paulo.
Proposta do dia:
- mostra dos vídeos, edições do Barco_Virgilio e Projeto Aprendiz, realizados em julho por Karina Ades.
- discussão sobre questões levantadas por Joana e Rafa
- Ação – repetir ação de 30/08 prestando atenção nas relações entre estados corporais.

sábado, 1 de setembro de 2007

Etapa final

Projeto contemplado pelo 1º Fomento a Dança do Município de São Paulo.
setembro e outubro de 2007

04 e 05/09 – 16:15
Projeto Aprendiz – Rua Belmiro Braga, 146, Vila Madalena

25, 27 e 28/09 – 20hs
Barco_Virgilio – Rua Dr. Virgilio de Carvalho Pinto, 422, Pinheiros

02/10 - 15hs e 04/10 – 10hs e 15hs
Praça da Sé

05 e 06/10 –12hs
Galeria Olido – Av. São João, 473, Centro