Direção em cena e dramaturgia
POR TARINA
Nesta semana na criação/estudo dos nossos procedimentos chamados mapas aconteceu o assunto dramaturgia. Que é dramaturgia ? Onde ela está ? Nos nossos estudos conseguimos ver duas camadas básicas de dramaturgia : o corpo no espaço e o assunto que acontece neste espaço.
Linear ou não , um corpo desenvolve uma trajetória no espaço que já é algo e já tem seu próprio assunto e deste pode desdobrar-se em outro (ou não). Um assunto (ou hipótese) pode ser o ponto de partida para a trajetória deste mesmo corpo. Essas duas camadas coexistem (como o ovo e a galinha) numa relação de simbiose e contaminação. Cada uma de nós tem , por suas experiências prévias, preferência por esta ou aquela “entrada”. Entendendo a “entrada” de cada uma , entendemos melhor como é possível dialogar e construir junto, não excluindo isto nem aquilo. A dramaturgia que acontece em cada corpo, para nós, também pode ser entendida como coreografia, ou como algo organizado por um corpo. Nos procedimentos que estudamos até agora, esta foi a dramaturgia mais presente mesmo porque nosso assunto era metalinguístico. Mas a nossa segunda camada está permeando os experimentos desde o começo , e está mais presente desde que somamos as possibilidades biográficas `as já existentes.
POR LAURA
Versões e Sub-versões
Trio: Mara – Tarina – Sheila:
Sheila dirige um dueto com orientações e recortes bem específicos de movimentação e interação. Mara e Tarina procuram seguir as instruções e “correções” dadas, num processo contínuo. Num dado momento a situação se inverte, ou seja, parece que as ‘intérpretes’ assumem a condução da cena, subvertendo a ordem e ganhando autonomia na sua construção.
Quarteto: Tarina – Mara – Laura – Sheila
Tarina dirige três solos de uma cena músico – teatral. Para cada um, uma orientação específica de intenção e comunicação. Três ensaios que nunca chegam na versão ideal e vão sendo construídos e desconstruídos ininterruptamente. As versões almejadas são constantemente subvertidas pelas interpretações. Ao final, um coro com os três solos simultâneos sublinha essa condição.
Duo: Sheila – Laura
Sheila conduz o ensaio de uma coreografia da qual também faz parte. Ao ensinar / transmitir os movimentos as direções físicas confundem-se com os próprios gestos da condução, num processo que vai aumentando de volume progressivamente. A ‘imitação’ da coreografia mistura-se com a imitação do próprio ato de ensinar / comandar, o que vai subvertendo as funções comandante – comandado.
POR MARA:
relações de poder.
...condução - conduta...versões subversivas...
Versões - desdobramentos dos duos...
– Tarina e Mara dirigidas por Sheila – recortes de momentos observados e decorrente tentativa de resolução dessa proposta.
Momentos específicos que Sheila recortou como interessantes para ‘cena’ – tentativa de ‘nova’ realização do recorte. Desconfortos, não identificação e traduções como focos para ‘nova’ composição.
Relação tradicional entre direção e bailarinas.
Corpos dóceis que se esforçam a reproduzir um comando não muitas vezes claro nem óbvio, porém com exigência de pronta execução aperfeiçoada.
- Laura e Sheila – dominância de comando e aparente inversão de papéis. Jogo entre ordens e reordenações. Direção e composição como replicações que realocam as relações entre dueto, numa pseudo-indeterminação de poder.
Possível mapa:
Sheila comanda com gestos, fala, movimentos complexos.
Laura compõe replicando informações que se complexificam e modificam no decorrer da relação e das sugestões de Sheila.
POR SHEILA
*Recortes de improvisação com Mara eTarina.
*Sheila e Laura assistindo
*Tarefas individuais e pseudonimos das integrantes.
*Observação,onde faz sentido?
*Como elaborar tarefas para ocorrências individuais ou em grupo. Quando,onde e como o assunto fez sentido nos recortes como cena e por que?
*O curto prazo dos recortes: Reality Show
terça-feira, 4 de março de 2008
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