quarta-feira, 12 de março de 2008

Cartografia DR-11ª semana- 03 a 07/03/2008.

Seleção de mapas

POR MARA

Após exaustivas discussões sobre conceito, procedimentos, dramaturgia, e interesses individuais, chegamos à seleção dos mapas elaborados e experimentados. Quais interessam a maioria de nós e porquê?
Os que respondessem a algum motivo e sentido seriam listados como procedimentos relevantes, que deveriam ser investidos como eixo e continuidade dessa etapa final da pesquisa.

Selecionamos: [1] duo Tarina e Laura com direção de Sheila e panorama de Laura; [2] duo Sheila e Laura – comandos; [3] palestra - tradução; [4] musical com direção de Tarina; [4] treino de interpretação Sheila e Tarina; [5] tradução 1,2,3 (sem fixar o que 1 e 2 significam, porem 3 ainda como síntese); [6] exaustão + uníssono.

Identificamos as discussões sobre tradução como transcriação e sobre produtos como composições processuais (que contam com procedimentos de improvisação, e somente serão configurados em tempo real), como eixos centrais em todos os mapas.
A relação entre processo e produto artístico foi foco de investigação proposto para essa pesquisa, e após todo processo, até momento, identificamos que esse interesse permanece e continua sendo relevante por sua característica descontinuada - episódica de ocorrência e pelas discussões acerca de obras de arte e noções de permanência vinculadas a trabalhos artísticos.
A discussão sobre temporalidade e ‘acaso’ continuam em alta desde os anos 60. A improvisação continua sendo um mote de investigações e discussões, porque faz perguntas e deixa em aberto, porque escancara a processualidade da ‘coisa’.
Os realitys-shows são interesse contemporâneo de massa, pelo desvelamento da constituição da ‘coisa’, que é feita na hora, borrando o limite entre ficção e realidade e banalizam a dramaturgia como referencia do mais chavão e ‘realista’ processo ‘artístico’. Ou seja, bichinhos de laboratório sendo testados e mostrados em experimentos geram curiosidade. Uma curiosidade que aproxima ‘expectador’ do experimento, do bicho, da coisa e do processo. Trata-se de uma comunicação direta.
Mais de quarenta anos depois essas inquietações e motivações continuam direcionando a vida, o cotidiano e a arte contemporâneas.


POR SHEILA


Mara e Tarina
Desenvolvimento: encontros de contato com foco na manipulação e focos específicos para cada uma.
Mara tem a tarefa de buscar no encontro Alavancas e Tarina tem a tarefa de trabalhar a Resistência.
Sheila dirigir a cena
Laura observação panorama geral da cena


Descrição episódio direção
*recorte: ápice do encontro que emerge.
*resistência: ambiente Tarina
*alavanca: ambiente Mara

Buscavam encontros através de apoios e sustentações no corpo uma da outra que permitiam deslocamentos deixando o espaço multidirecional.

No engajamento de provocar encontros, averiguava-se um campo de extrema estratégia espacial e de acordos no espaço alheio.

Ambas pareciam estar em comum acordo no espaço de relações.Uma subvertia a lógica da outra sem deixar precedentes e sem deixar que uma pareça vítima da outra.

Validade desse encontro.
O argumento “vítima” localiza um ponto de vista não elucidado pelo comportamento das duas,apesar das intensidades ajustadas nas ações individuais.Nesse caso parece que ao recortar a cena para o encontro sem vítimas,abre-se uma fenda que desloca a cena possível de subverte-la.

Nesse momento além dos elementos utilizados por Mara e Tarina ,pedi que somassem aos recortes uma atitude mais violenta.Pensei que ao evidenciar um extremo violento, melhor visualização das fendas para subversão.

Mara lança a Tarina no chão e Tarina bate secamente no chão com resistência.

A sensação é que Tarina antes de cair usa o antídoto “resistência” enquanto Mara na proposta de “alavancas” faz uma espécie de rapto relâmpago em Tarina embutindo-a no seu corpo alavanca abruptamente.



POR TARINA

O desenho dos mapas selecionados, a estrutura inerente a cada um deles que garante sua repetição/realização.
Como organizar estes mapas no tempo/espaço? Que sentido acontece na narrativa que segue de um ponto a outro do mapa? A idéia de manipulação, versão e subversão acontece em cada um dos mapas selecionados, mas como acontece na super-estrutura que envolve todos eles?
A seleção também de QUEM faz O QUÊ em cada mapa, de acordo com as conexões que cada uma faz com mais (ou menos) facilidade segundo cada uma interpreta o ambiente do qual faz parte. Esta seleção que está no espaço ENTRE realidade/ficção, está conectada `a idéia de co-existência , e da convivência dos diferentes, nas nossas discussões de relação (ões).


POR LAURA

O que é a coisa?
formalizando os processos

A construção das cenas
Vira cena
Os bastidores das cenas
Viram cena
O que não é espetacular
Vira cena
Os conflitos da criação coletiva
Viram cena
As fragilidades das performers
Viram cena?
Toda a precariedade desta empreitada
Vira cena
O que é real?
O que é ficção?
O que é verdade?
O que é mentira?
O que é paródia?
O que é a coisa?

3 comentários:

NOVA COCA0 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
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