quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Cartografia DR - 5ª semana - 17 a 21/12/2007

Pesquisa prática: mapa de tradução - continuação...

Anotações do quadro – dia 18/12 (direções dessa semana)

Questões gerais:
- Como nós estudamos o 1, 2, 3?
- Qual/is lógica/s de estudo de composição?
- O que é recorrente (tendência/insistência/hábito) em relação às escolhas e interesses de cada uma no 1, 2 e 3?
- Existe algum limite de diferença na tradução de cada número?
- Existem informações que preponderam e pulam nos 1, 2, 3 que hibridizam as “regras” de cada indicação/momento/número?

1 Estudo físico das possibilidades de disparo (enumeração do que já apareceu)
- experimentar um foco físico por um tempo (o nº 2 dá o tempo dessa experimentação)
- como formalizar: estudar a formalização, quando decidir comunicar a resolução (seqüências coreográficas)

2 Ampliar noção de clichê para a objetivação do 1
- cena teatro (narrativa) {originalmente: Tarina}
- “estilo” dança {originalmente: Mara}
- gesto “decodificado” {originalmente: Sheila}
- fala/descrição

3 Recorte do 2: da “idéia objetiva” (do que comunicou) para algo mais abstrato/físico/subjetivo
- tempo/espaço
- tese + antítese
- fala ou não




POR MARA:

Nessa semana continuamos a investigar o mapa de tradução. Levantamos diversas questões e possibilidades de realização compositiva (vide anotações do quadro do dia 18/12).
Um dos focos mais relevantes que identifico, nesse momento, é o levantamento de possibilidades de elaboração de cada proposta referente a cada número, sobre como propor/realizar pesquisa de movimento no 1; como traduzir objetivamente no 2; e como recortar/sintetizar idéia “principal” no 3.
Esses recortes têm relação direta com a lógica de organização e interesses que cada uma, e são importantes reveladores dessas distinções entre nós 4. Essa explicitação das diferenças/discordâncias gera parâmetros de análise sobre como entendemos comunicação, pontos centrais das questões e relevâncias.
Enquanto ponto de concordância entre nós entendemos a importância de discutirmos sobre as possibilidades realizadas e não realizadas esgarçando o campo de possibilidades, como:
- a relação entre números – sobre desenvolvimento do mapa como um todo;
- as diversas propostas que podem ou tendem a se compatibilizar em grupos – grupos de organização de propostas, de impulsos iniciais e lógicas operantes, e de desenvolvimento do mapa todo; por exemplo: se proponho algo no 1 que tem foco na relação com quem observa + foco de movimento existe uma tendência em direcionar para traduções mais próximas; assim como se a proposta tem atenção mais voltada à investigação de movimento no corpo (mais “abstrata”) tende a gerar traduções menos similares, dando margem a leituras com conexões mais dilatadas em relação à própria lógica e interesse do propositor 1. Enfim identificar regularidades nessa etapa parece de alta relevância para mapear com mais clareza nas regras e interesses e mais amplitude nas possibilidades





POR TARINA
Discutindo sempre

Esta semana foi uma semana muito legal para mim no DR. Uma das coisas que eu gosto mais em uma discussão é a possibilidade de mudar de idéia. Acho que foi Brecht (o dramaturgo) que disse que “todo homem tem o direito de mudar de idéia” ou algo parecido. Poder mudar de idéia é para mim um dos máximos da liberdade de pensamento.
Eu sempre tive uma certa imcompreensão com o mapa de tradução (proposto por Laura), eu pensava e dizia ( isso é o bom do DR , nós podemos nos falar sem ofender…): tem algo aí que eu me instiga , mas também tem algo que não sei o que é e não me estimula . E nunca teve a ver com o mapa em si , porque ele é uma mapa que para mim (antes de tudo) discute COMUNICAÇÃO , e isso é um dos assuntos que eu adoro, mas tinha mais a ver com algo relativo `a forma de apresentá-lo ou como ele podia ser visto. E também com o porquê de fazê-lo (se tinha clichê como assunto ou não, objetivo x subjetivo , dança x teatro x performance…)
Esta semana nós estudamos o mapa nos revezando entre as posições/jogadores e também nos propusemos a repensar de novo as regras/indicações. De alguma formaisto fez um sentido enorme no meu estudo de criação e fez realmente um sentido enorme entre co-autoria, antropofagia , reaproveitamanento e tudo isso mais em relação `a tudo o que está no mundo , e a forma como nos comunicamos o tempo inteiro. Eu entendi o mapa como um mapa de CRIAÇÃO , criação entendida desta forma toda coletiva (mas não sem perder a sua parte da história , a digestão que você fez de tudo aquilo : é mais ou menos assim tudo é de todo mundo , mas cada um tem uma parte que lhe reflete neste todo…)
Surgiram possibilidades novas como, por exemplo, estudar o mapa em vários dias , assim cada uma teria um tempo maior para elaborar sua jogada (não existem partidas de xadrez que duram dias?) e como isso tudo afeta nossa relação com o jogo …
E vamos seguindo. Reticências …




POR LAURA

Uma edição das possibilidades levantadas p/ cada ação

1 – comunicação subjetiva/abstrata; qualidade movimento, sensação física, coreografar seqüência, formatação/formalização cênica X estudo/pesquisa;

2 – comunicação objetiva/narrativa; gesto cotidiano, descrição/narração, ação objetiva, cena teatral, formatação/formalização cênica X estudo/pesquisa;

3 – comunicação objetiva – subjetiva; recorte, resumo, síntese (tese + antítese), imagem fotográfica, formatação/formalização cênica X estudo/pesquisa.

Uma edição de questões levantadas nas rodadas realizadas

A escolha feita em cada ação (dentre as possibilidades acima) tem implicação no campo de possibilidades da próxima;

O clichê pode aparecer nas três ações como ampliação do volume de imagens, intenções, discursos;

A rodada inversa (a volta) é contaminada pelo que se viu; a ação é manipulada pela observação e vice-versa;

Pensar e realizar ao mesmo tempo produz um formato híbrido entre estudo/pesquisa e formalização cênica que se aproxima muito de ‘jogo’ e de performance.




POR SHEILA

Pesquisa Coreográfica/ Mapas

Tradução

Tarefa

Sheila- observar frase de movimento realizada por Tarina.
Percepções a respeito da síntese/modos de olhar frases de movimento.

Sabendo que a tarefa é a síntese, percebi que muitos dos elementos utilizados pela Tarina pareciam sugerir síntese. Tudo que percebo já é um recorte...

A questão: A tática coletiva é circular pelos 4 pontos:disparo de movimento(1)/clichê(2)/síntese(3)/observação.

# pensando em pesquisar.
Quando respondo a uma das tarefas também posso prever as outras tarefas?Essa pode ser uma tática?

# Pensando que 1,2 e 3 passam em algum grau pela observação.
A resposta através de frase coreográfica/descrição/observação/síntese/cena teatral/ação de comer uma maça e outras por descobrir, validam sentidos particulares em cada tarefa.

#graus diferentes de comunicação/ campos de teste desconhecido.
Possibilidade de solucionar?
Evidenciar o processo de descoberta durante as ocorrências de movimento.
Dependendo das resposta de cada uma nas tarefas, o sentido do todo(1,2,3) caminha para campos específicos de comunicação.


pesquisa/ entrevista? : investigar através de perguntas para as pessoas,que noções de síntese estão permeadas no ambiente das pessoas, usar essa tática como possibilidade.

observador/ quando uma de nós fica de fora.
pesquisar possibilidades de ficar de fora observando, ampliar ações no campo da observação.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Cartografia DR – 4ª SEMANA – 10 a 14/12/2007

Pesquisa prática: mapa de tradução (postado dia 11/06/2007)


POR SHEILA ARÊAS
número 4


Estímulo
Preparação BMC - Tarina propôs massagem focando músculos/imagem esponjosa , sensação de úmido, pele deslizar,direção das fibras musculares.Variações dessas percepções ao estimular através do toque o corpo do outro.

* entendimento= após essa experimentação, a possibilidade de usar o estímulo muscular observando possibilidades de mudanças de tônus e outras variações na dinâmica e energia do movimento (a relação com o tônus altera energeticamente o movimento) podem linkar com a proposta do dia que é o estudo da Tradução.

*Conexões=pensei em utilizar essa informação muscular para engajar maneiras de dançar que alteram as relações que aparecem na tradução e também no uníssono.


#pensando sobre/idéias e possibilidades quem sabe:

Estudo da tradução

Para iniciar a divisão tarefa 1,2,3- realizaram sheila(1)- tarina(2) - laura(3)-mara observação.
1- criar uma seqüência de movimentos sabendo que vão ser transformadas em clichê e síntese.
O número 1-produz o primeiro disparo, em geral os movimentos são construídos em seqüência, frases coreográficas bem amarradas. Discutimos alguns pontos relativo a essa maneira de configurar o primeiro disparo de ação que serão transformados em clichê e síntese.Nesse formato voltando a percepções do número 1, Mara sugeriu que fizéssemos o número 1 sem seqüência ,mas com alguma indicativa que ressalte algum foco de interesse,qualidades físicas que possam ganhar campo de experimentação/exploração nesse caso talvez n com qualidades ,mais do que uma idéia ou improvisação que geralmente é o que nos utilizamos para construir.

Qual é o estímulo para se começar em 1?
Parece que um está permeado para o outro?
Ocorrências de movimentos que comuniquem transformações diferenciadas?
Será que especificar o número de cada uma pode ser possível trabalhar melhor as táticas de ação e pesquisar mais a fundo?

Que pontos de interesse na tradução aparecem?



Ensaio tradução com rodízio das posições de quem observa:

Percepção posição 1- na maioria das vezes os movimentos são construídos como seqüência coreográfica mais formalizada. Esse princípio gera determinados estímulos em 2 e três.
# Se o disparo do número 1 fosse de outra maneira?
A Mara experimentou o 1, movimentos que estavam conectados com um foco físico escolhido por ela,nesse caso o modo de abordar o foco estão nas possibilidades de lidar com esse engajamento durante a experimentação.
#Quando fiz o número 1 questões:
o foco de atenção muda, isso permeia a proposta que a Mara fez. Deixar o pensamento como em uma vitrine de ocorrências provocando comportamentos.Quanto tempo esse movimento(tempo,interesse,escolha do que fazer ) faz sentido.Como a experiência vai sendo construída aos poucos,estudo de identificação.


Percepção posição 2 - clichê/objetivação. Perguntas: Como e onde cada um entende clichê?
O estudo do clichê está em andamento.Alguns casos o entendimento de clichê e as diferenças dele na ação,provocam outras relações na comunicação.


Percepção posição 3 - síntese ainda em processo

# Um permeando o outro e talvez evidenciando os limites entre um e outro.Quando um se parece com o outro como podemos entender e diferença.As escolhas de falar, continuar fazendo e o não ver.




POR MARA

>>> Pergunta e reflexões do ponto de vista de participador do mapa de tradução, como número 1, 2 ou 3:

- Como traduzir informações de ações do outro, pela percepção enquanto observador?

--- O que consigo perceber do outro é sempre um recorte daquilo que tenho condições de me relacionar nesse curto espaço de tempo – de realização do mapa (que é previsto para ocorrer entre 1. experimentação de movimento de uma pessoa – enquanto outra observa; 2. tradução do que observador assistiu do 1 em uma versão clichê, enquanto um terceiro observa; 3. tradução em síntese da observação do terceiro. O jogo roda nesse sentido entre observar para traduzir e não ver uma parte da tradução, dependendo do número, e ao final é realizada uma rodada ao reverso 3, 2, 1 com todos assistindo).
Como não existe muito tempo de experimentação, os números 2 e 3 enquanto observam números 1 e 2, respectivamente, já observam o outro sabendo que irão traduzir aquilo que vêem, ou seja, existe uma restrição e uma urgência nesse olhar que trabalha em ‘recortes’ e ‘representações’ possíveis dentro do imediatismo proposto para realização/resolução do mapa. Essa restrição (temporal) age diretamente sobre tradução/experimentação elaborada, ou seja, esse tipo de mapa até agora conta com leituras nessa relação –> observação – reflexão - tradução <– que se sobrepõem temporalmente, todas as ações acontecem simultaneamente enquanto elaboração. Essa é uma característica/condição do mapa.

... Ficam as questões sobre como explorar o que se vê; como não desviar das indicações de cada número e mesmo assim ampliar possibilidades de leituras de cada um.
Algumas possíveis soluções estão em pesquisar os movimentos sem necessariamente organizá-los em seqüências (já testado); explicitar que é um estudo; variação no tempo de investigação.


>>> Perguntas e reflexões do ponto de vista de observador geral do mapa:

- Qual sentido de composição geral? Existe/precisa de algum?
- Como pesquisar as relações estudo-mostra entre momento inicial e repetição final (rodada inversa) entre estudo velado e desvelado?

--- Esse é um mapa que busca evidenciar a experimentação imediata e a condição de estudo envolvidas na tradução de experimentações em dança, sobre o que eu vejo do outro que me mobiliza a reorganizar essas informações. Existe ainda uma lacuna entre essas duas características - imediatismo na elaboração/realização e estudo de proposta/reelaboração – identifico que essa lacuna está na relação temporal, na duração de cada característica, que exigem prontidões distintas.
Enquanto observador geral existe uma tendência instigante nessa proposta que transita nesse paradoxo de relação entre essas condições, um conflito que pode gerar discussões interessantes em termos de movimento, composição e relação.
As experimentações podem focar o estudo de cada proposta, obedecendo as regras pré-estabelecidas, mas introduzindo diversas perspectivas e possibilidades de desdobramentos, intensificando esse conflito, e então pode organizar composições que explicitem ainda mais a discussão proposta com esse mapa de tradução (apropriação/antropofagia).




POR TARINA
Se entendendo…

Comunicação. Eu falo uma coisa , você entende outra. É a mesma “coisa”, mas teve que passar por um monte de filtros de associação, memórias, percepção, seu estado emocional … Nos mapas de tradução , como eu vejo, nos propusemos a estudar o processo e a forma pela qual nos entendemos. Nesse mapa, nos dividimos em três “jogadoras” e é um jogo de comunicação onde:
Jogador 1 – estuda o movimento
Jogador 2 – “traduz” o estudo do jogador um em um clichê (teatro, dança, etc…)
Jogador 3 – sintetiza a ação de jogador 2

Há a necessidade de se transformar o estudo do jogador 1 em clichê ? Porque se o nosso assunto é clichê então o foco do jogo em si teria que ser outro ... Abrimos a possibilidade de repensar a ação do jogador 2 como “traduzir em algo OBJETIVO” o estudo de jogador 1, ao invés de traduzir num clichê.
Isto abre um outro lance em relação `a comunicação. O que é OBJETIVO? É um gesto? É algo que eu posso “entender” = traduzir na mente em palavras? Tem que ter dramaturgia = historinha?
E o que é SUBJETIVO? O que é que se entende/conhece/percebe mesmo quando não “entendemos”?
Qual a relação entre objetividade e subjetividade na comunicação, e o que é /tem que ser parte imprescindível para que algo seja dança, e como aí se dá a comunicação?
E como é que é possível se comunicar?…
Isto está me interessando …



POR LAURA

Tradução ou manipulação de informação

Abordamos o segundo procedimento selecionado, a tradução ou manipulação de informação. Presente na dança sempre que se pretende transmitir movimentos de um corpo para outro, suscitou algumas discussões a respeito da interpretação inerente a este procedimento. Ao ser realizado em tempo real, o que ressaltamos são as escolhas que se faz, ou que um corpo pode fazer, ao buscar se apropriar de movimentação alheia. E, a partir desta apropriação, que enfoques resultam das escolhas feitas; o que muda em termos de comunicação. Este mapa elege três possibilidades abrangentes de enfoque que delimitam um leque mais específico para as versões individuais, numa graduação que vai da comunicação subjetiva/abstrata do movimento à comunicação de uma ação física objetiva. Duas discussões são apontadas neste procedimento: uma referente às relações de co-autoria nos processos de criação, através da explicitação do recorte individual para um material transmitido (manipulação de informação) e outra relacionada à transformação de um material físico/idéia em outro/outra (tradução cênica).

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Cartografia DR - 3ª SEMANA – 03 a 07/12/2007

Pesquisa prática – uníssono tática manipulação.


POR LAURA

Uníssonos: construção/desconstrução – táticas

Abordamos o primeiro procedimento selecionado, a composição em uníssono. Tradicional formato de composição em dança, suscitou algumas discussões a respeito o aspecto de concordância que este formato exige/revela. Sem pré-concebê-lo (coreógrafa-lo) construindo-o em tempo real, o que ressaltamos é a tentativa de realizá-lo. E, a partir desta, que táticas utilizamos para esta realização, que demonstram o sucesso ou o insucesso desta empreitada. Algumas táticas, como a realização lenta dos movimentos, visam garantir o uníssono, outras revelam a impossibilidade de fazê-lo (tentativa de ajuste, foco nos acentos finais, movimento borrado, manipulação física e verbal, etc.). A explicitação das diferentes táticas pra se chegar ao ‘acordo’ do uníssono são o foco deste procedimento, que pretende discutir o que está implicado num formato de concordância.



POR TARINA

Seguindo com uníssonos

Os procedimentos que escolhemos para estudar sempre relacionam-se com as questões que estão mais presentes para nós , e com o que queremos discutir a partir delas.
Nesta semana estudamos uma tática de uníssono que chamamos de manipulação. Experimentamos um procedimento no qual uma pessoa manipula os movimentos de outra, procurando construir o uníssono a partir dessa manipulação. Começamos definindo um manipulador e um manipulado, mas depois estes papéis tornam-se intercambiáveis na dança. Esta manipulação a dois desdobrou-se para a mesma idéia em trios, pois neste formato a complexidade aumenta, assim como as possibilidades combinatórias manipulador/manipulado.

Na tática da manipulação, de uma forma bastante clara, existem mais obstáculos físicos para os corpos concordarem no uníssono , pois um deles em um determinado recorte de tempo será o manipulador, ou seja, pela REGRA já estará numa tarefa que não compartilha com os outros corpos. Como concordar parcialmente?Sem compartilhar todos os objetivos? Quando eu penso em concordar , eu penso não em pensar igual, mas chegar a um acordo, e esta é uma possibilidade que experienciamos fisicamente nesta tática.

No nosso estudo de uníssono sempre buscamos revelar/estudar sua construção e dessa forma entendê-lo.

A manipulação é um dos procedimentos que foram selecionados para serem estudados na cartografia DR , e neste caso ela foi/é cartografada como um dos possíveis tipos de uníssono.



POR MARA

manipulação em dupla
objetivo: buscar uníssono na dupla

como encontrar situações/posições/movimentos semelhantes tendo a manipulação entre dupla como condutora da proposta? – uma tática possível...

uma das parceiras conduz outra que responde ao toque a sua maneira, e se coloca em relação constantemente.
tentativas e rearranjos constantes.
ambas buscam manter-se em uníssono, o tempo todo.
como isso é possível?
o que eu entendo como uníssono? formas semelhantes? impulsos próximos? mesmo posicionamento no espaço? caminhos de movimentos parecidos?

a manipulação dificulta a possibilidade de uníssono por um lado, pois o entendimento do toque não é altamente direcionavel, ele possibilita diversos entendimentos de caminhos e tendências de movimentos e direções.
por outro lado a condução pode ser estudada a ponto de intensificar o que se pretende com o toque, para que essa comunicação seja mais proximamente entendida. esse estudo conduz a uma repetição dos mesmos toques, como técnica de comando e certo controle de seus desdobramentos.

acho interessante essa tática enquanto procedimento, por proporcionar dificuldades no objetivo do uníssono, e pelas tentativas de atingir-lo, que organizam as duplas entre situações e arranjos desajustados e dinâmicos.
é necessário muita prontidão e agilidade na resolução em tempo real, para que talvez essa estratégia seja lida como uma tentativa de uníssono.

vale a pena investir enquanto tática de uníssono (já pesquisada anteriormente, porém sem tanto foco) - por sua condição inadequada e pela demanda de atenção exigida durante tomada de decisões.



POR SHEILA

Escolhas a 8 mãos...

Como pensar aquecimento/preparação/disponibilidade para/ou algo que nos engaje na ação proposta?
Além das necessidades individuais de como aquecer,as negociações entre nós apontam lógicas que podem já embalar a pesquisa em foco, visto o uníssono como ítem.
Entre nós decidimos mesclar massagem e uníssono.
Dividimos em duas duplas.
Revisitar massagem e uníssono interagindo dois a dois, muito me fez lembrar de referências ou de situações físicas que parecem evidências de espaços de pesquisa já conhecidos e depois nem tão conhecido,quanto tempo é dado a uma proposta para que ela saia de uma camada de interesse para outras de maior interesse.Que percepções auxiliam esses parâmetros?

Como aquecer com massagem e uníssono, é possível ou não?
A explicação do primeiro teste físico,num primeiro momento parecia entendido pelas 4 Mara, Tarina, Laura, Sheila.
Comunicar uma proposta tem sido um dos motes de interesse pessoal. Decorrente de emissões de falas que parecem informar algo entendível, o sentido aqui e entender quando os outros näo entendem o que falo! mas a lacuna na comunicação de idéias e propostas de movimento me faz pensar novamente na escrita como exercício.

Projetar pensamentos que podem não ocorrer...
Em continuar investigando formas de massagem, seja pela objetiva açäo de massagear até intencionalmente a ação de subverter a condição que aborda procedimentos físicos tão conhecidos e quase constrangedor quando em negociação no entendimento de cada uma.
A idéia de agir no movimento /físico do outro pelo toque/massagem/idéias de massagem, podem favorecer ou contrapor a dinâmica uníssono,penso que massagem pode gerar materiais físicos de custo/benefício para as relações e entre os corpos podendo produzir texturas de ação/comportamentos sem cessar a busca pelo uníssono.

Falamos e não fizemos,por enquanto..
-Podemos aquecer com BMC e fazer o link para o uníssono?
-Tem a proposta que a sheila deu na 2 semana,podemos retomar.Que dança posso produzir com esse aquecimento?

domingo, 9 de dezembro de 2007

Cartografia DR - 2ª SEMANA - 26 a 30/11/2007

Planejamento e seleção dos procedimentos;
Início de pesquisa prática.


POR MARA

possivies apontamentos iniciais para pesquisa do projeto Cartografia DR
seleções e planejamentos

interesse geral:
> intensificar pesquisa de movimento, composição e comportamento;
> insistir e explicitar procedimentos

- elaborar propostas que tenham como foco algumas investigações de movimento e organizações de mapas que discutam as questões levantadas
- pesquisar precariedade como foco de investigação
- continuar a investigar estado entre formalidade/informalidade das artistas durante e entre procedimentos de dança – sobre como se comunicar, concentrar e discutir.
- continuar a discutir formatos de dança – que não é para palco, não é ensaio – um entre... e propor algumas intervenções.

- experimentar:
1. uníssonos - como discussão de convívio, comportamento e ação/situação partilhada;
2. propostas de tradução – questionando comunicação e entendimento;
3. manipulações/solos/duos – embate mais específicos de relações.

- fazer mais...



POR SHEILA

A improvisação no uníssono e os acordos reconhecíveis por todas mara tarina sheila e laura.Relembrar
Reflexão do que está sendo feito no uníssono e outras táticas para experimentar.
Observação de espaços dentro do uníssono.
Como preparo para começar?Testando aquecimento individual assistido pelas outras.
#nesse momento uma interrompe o movimento da outra quando percebe que algo referente ao movimento instiga começar uma proposta individual,desta maneira essa última é observada até que novamente ocorra essa escolha por outra.



POR TARINA

O começo da outra parte

Nesta segunda semana começamos o estudo dos unísonos. O uníssono é aquela organização de dança na qual todos os bailarinos executam o mesmos movimentos ao mesmo tempo.No nosso estudo de uníssonos, nós não temos uma coreografia pré-definida , nós a construímos em tempo real. Foi uma das formas que nós encontramos para discutir essa idéia de uníssono. Superficialmente, uníssono para mim tem uma organização um pouco burra, quando você a vê pronta : todos pensando a mesma coisa sem espaço para discordância. Mas observando mais, dá pra ver que é na verdade uma organização extremamente refinada e inteligente : existe um processo de discussão acontecendo para que todos aqueles corpos possam concordar. Esse processo de concordar é uma das coisas que me instiga no uníssono. E no nosso caso, é realmente uma discussão sobre as possibilidades destes pontos de acordo. E também a percepção de que nem sempre ele é possível…
O grupo dos uníssonos tem diversas táticas que estão por nós sendo mapeadas, e nós os chamamos assim, no plural, justamente porque cada tática define para nós um tipo diferente de uníssono. Uma das idéias é tranformar o uníssono em um jogo, e para construir suas regras, escolhemos como procedimento estudar cada tática separadamente.
Táticas da semana :
- Uníssono lento – nesta tática realizamos o uníssono de forma mais controlada e sempre procurando nos matermos no campo de visão uma das outras (REGRA). Depois de um certo tempo esta tática deixa de ser eficiente em relação ao interesse que mantemos nos nossos próprios corpos, mas por ser tão clara , torna-se um parâmetro para outras táticas.
- Uníssono buscando outros pontos de interesse/foco no corpo – nesta tática, uma de nós pode escolher alguma parte do corpo/tipo de movimento para não acompanhar o uníssono (mas para isso, como REGRA , as outras têm que concordar em não seguir esta parte do corpo/tipo de movimento). Disto também surge a questão de como e por onde cada uma entende e escolhe buscar o uníssono.



POR LAURA

Assuntos e metalinguagem

Os mapas pré-selecionados pra realização desta pesquisa foram inicialmente agrupados em três recortes:
– Uníssonos
– Tradução
– Manipulação
Os assuntos tratados em tais procedimentos foram inicialmente reconhecidos em três tipos de relações:
– co-autoria
– interpretação/apropriação
– poder
Os procedimentos e os assuntos levantados já apontaram pra uma discussão metalingüística de dança. Agora, uma questão pra esta pesquisa é: estes assuntos ganharão outra dimensão nos mapas para além da metalinguagem?

sábado, 8 de dezembro de 2007

Cartografia DR - 1ª SEMANA - 19 a 23/11/2007

Elaboração das questões, conceitos e metodologia da pesquisa


POR TARINA

O fim do começo

Com o Projeto DR (Fomento `a Dança 2006 , realizado entre novembro/2006 e setembro 2007) experimentamos um “algo” inédito em muitos sentidos para todas nós: sem uma figura centralizadora de direção , um processo no qual o produto era o próprio processo e onde tudo era discutido e organizado por todas, sem distinções hierárquicas. Desenvolvemos nosso próprio vocabulário para dialogarmos sobre as estruturas de composição em dança que estávamos criando :nós as chamamos de MAPAS. Os mapas assim como a idéia de cartografia estiveram sempre permeando este projeto , desde a forma pela qual decidimos organizar os lugares de ensaio/performance (geograficamente espalhados por cinco localizações em São Paulo) até o fato de mapearmos todas as relações que conseguimos perceber: entre nós (de poder ,
co-autoria , manipulação) , entre nós e nosso público , entre as estruturas coreográficas por nós criadas/mapeadas , entre os espaços pelos quais transitamos , entre a criação artística e a produção/ produção executiva , entre o que falamos e o que dançamos…
Neste projeto sempre ensaiávamos em espaços abertos (cinco no total , mais o site/blog) e nunca tivemos uma sala de ensaio. Uma das idéias do projeto era revelar/socializar os meios de produção de uma obra coreográfica (discutindo essa relação), desta forma o público poderia experienciar e atuar no nosso processo de construção .
Na nossa ocupação itinerante, cada um destes espaços/lugares nos trouxe questionamentos e mudou o nosso olhar sobre um certo aspecto daquilo que estávamos estudando . Cartografando nossas relações com estes lugares , cartografamos as relações entre nós mesmas e também as estruturas coreográficas (nossos mapas) que nos permitiram encontrar nossa forma de discutir dança.
Desta experiência, aconteceu o CARTOGRAFIA DR , um projeto de pesquisa em dança , contemplado pelo prêmio FUNARTE 2007. Depois de experienciarmos 9 meses de nomadismo, e sem nunca ensaiarmos sem a presença de público, estamos de volta a um dos espaços do Projeto DR (o B_arco) para estudarmos durante alguns meses o desenho desta cartografia por nós criada.
Pensamos a cartogrtafia como algo em movimento , e não completamente definido. Ela se define conforme é experienciada, mas está dentro de certas coordenadas que nos permitem acessá-la. Nos próximos meses vamos aprofundar estas coordenadas , e veremos o que emergirá delas.
Na Cartografia DR, vamos começar a partir das estruturas que já foram apontadas no Projeto DR.
Por enquanto , entendemos os mapas em três grupos:
-Uníssonos
-Tradução
-Manipulação/Solos
Existe contaminação entre estes grupos assim como entre cada mapa, mas cada um tem suas especificidades.
Mesmo estando em uma sala de pesquisa o projeto mantém uma possibilidade de comunicação durante todo a sua realização : semanalmente , publicaremos textos referentes `a nossa pesquisa neste blog , e ao final da pesquisa selecionaremos o que vai para o site.Você pode comentar os textos ou enviar e-mail para nós…



POR SHEILA

Sobre a Pesquisa de Criação

-Conversa sobre o processo de criação dos Mapas que foram configurados no projeto DR discutindo as relações (Fomento a Dança).
#Esses Mapas ganharam material em elaborações de danças, relatos, fotos,vídeos, site/blog.

-No projeto Cartografia (Funarte) o assunto é possibilitar que esses Mapas, cujos nomes também são reconhecidos por (estudo/pesquisa do) uníssono, (estudo/pesquisa) de táticas de tradução, (estudos/pesquisa) de manipulação possam ser aprofundados,seguindo formatos de pesquisa coletiva que são elaborados na experiência desse encontro, promovidas por discussões entre Mara ,Laura,Tarina e Sheila.

#Esses 3 itens que escolhi citar interligam-se a outros Mapas/procedimentos que recebem nomeações como duos,solos,mapas para o público que também podem vir a ser testados na Cartografia.

#Ainda refletindo a respeito do DR - discutindo as relações
espaço de verbalizar ocorrências encontrar modos de realizar essa verbalização e perceber a comunicação a respeito do processo tanto nos relatos quanto nas danças construídas relacionando essas ocorrências.

-Se a proposta do projeto é tornar o Campo de teste desses itens mais complexo....Quais são as questões apontadas?Quais interessam ao grupo e quais são individuais? Como comportar-se no desacordo, como o espaço continuar sendo produtivo?

# Camadas possíveis: que cada uma das integrantes do projeto interage em propostas individuais ou Mapas (individual que ora transpassa de uma proposição/Mapas em decorrência e /ou complementação para outra proposição), provocando tanto familiaridade entre os Mapas quando deslocamentos, nesse caso outras provocações podem ocorrer na pesquisa, espaço em que os comportamentos podem ser percebidos e usando como alavanca.
#comportamentos que apontam deslocamentos instigantes nos Mapas. Que possibilidades podem existir olhando para o inevitável deslocamento dos encontros entre os Mapas?

- Complexidade das danças /táticas mais aprofundadas/assuntos que vão sendo traduzidos/ quais afirmativas negociamos e por quanto tempo?

#Seguindo como?: identificar o(s) assunto(s) .Esses assuntos podem aparecer como proposição individual ou como outro ponto a ser explorado.
#Buscando? usar as indicativas de questões que já discutidas na dança como assunto transformando esse material em argumentos mais consistentes.



POR MARA

questões iniciais – incômodos – transição entre projetos (dr - discutindo as relações / cartografia dr) – mobilizações para pesquisa

propus 3 níveis de análise como tática para identificação das questões identificadas. porém esses níveis não tem o objetivo de separar instâncias estanques, e sim distinguir as reflexões com base em certos eixos de discussão (movimento, composição, comportamento), sem deixar de considerar a inter-relação entre os níveis sugeridos.

nível I – movimento
- que organizações são lidas e assumidas como interessante para nós em relação as suas configurações de movimento, e porque?
- o que discutir no corpo e como? existem questões além da funcionalidade do movimento?
- quais são as lógicas organizativas e associativas de cada uma de nós? quais interesses particulares?

nível II – composição
- porque dançar em/para público?
- que discussões a dança já propõe como metalinguagem? é só isso que nos interessa, ou queremos discutir outras questões?
- o que chamamos de ‘mapas’, como instruções para composição, podem chegar a que intensidade de reflexão e discussão das propostas compositivas, e como?

nível III – comportamento
- como e porque continuar pesquisando dança? – quais condições de sobrevivência criativa e financeira? – o que alimenta artista, convívio e processo?
- como lidar com a precariedade?
- porque desejo de estar em espaços públicos/compartilhados?



POR LAURA

Criação coletiva ou como viver junto?

Uma das questões que ficaram quando terminarmos o projeto do Fomento foi a da divergência/convergência entre nós. Partimos de uma proposta em comum e chegamos a quatro versões sobre a proposta inicial. A idéia era discutir mesmo, e explicitar quatro pontos de vista sobre os mesmos assuntos acabou sendo das coisas mais férteis do trabalho. Chegamos, então, numa outra proposta comum: a de investigar procedimentos que chamamos de mapas, para compor dança em tempo real. E, claro, vamos elaborar quatro versões desta proposta, até que, talvez, ao fim do projeto, cheguemos em outra idéia comum... A pergunta principal que faço neste momento para esta pesquisa é: como enfatizar, esteticamente (na composição), o dissenso que leva ao consenso e novamente ao dissenso e assim sucessivamente? Começamos por este blog, decidindo publicar, durante sua realização, quatro relatos da pesquisa.

CARTOGRAFIA DR

Projeto de pesquisa prática em dança contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna

Cartografia é uma proposta de pesquisa de composição em dança que investiga estruturas compositivas denominadas mapas, elaboradas no projeto ‘DR – discutindo as relações’ (contemplado pelo Programa Municipal de Fomento à Dança de São Paulo). Mapa foi a denominação dada para estruturas abertas de composição que contêm regras e instruções para serem realizadas no momento da sua ocorrência. A premissa que embasa este formato é a de que a dança se configura no próprio processo de compor, e o processo compositivo já é a composição. Tal proposta decorre da concepção de ‘processo como produto’, e os mapas criados são hipóteses cênicas deste conceito.

Propõe-se desenvolver e editar os mapas de composição esboçados no projeto anterior. Neste, o foco era a criação de procedimentos compositivos construídos publicamente em cinco espaços diferentes: Casa das Rosas, B_arco, Projeto Aprendiz, Praça da Sé, Galeria Olido – além do site e blog. Cada objeto-experimento local era uma apresentação que construía em tempo real seu próprio método. Para esta continuidade foram pré-selecionados procedimentos compositivos apontados nestas experimentações públicas que serão reformulados, desenvolvidos, mapeados. Todos os mapas investigados serão compilados numa cartografia.

Esta pesquisa será realizada no B_arco e o seu desenvolvimento publicado neste blog no decorrer da sua ocorrência, na forma de relatos. O resultado final será a edição e publicação destes textos em site (www.dr.art.br) acompanhados de fotos, vídeos, trilhas sonoras. Tais publicações partilharão o processo de desenvolvimento da pesquisa bem como as edições finais dos mapas e as reflexões acerca desta investigação.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

MAPA FINAL - proposto por Sheila

Praça da Sé

ENSAIO DO DIA:

A- Campo de teste
esse é o entendimento de fundo para se estar lá

B- Mapas em relaçäo
cada uma pode propor algum mapa em relaçäo a outro

C- Espaço
Intermediaçäo com o público
Público próximo/distante,intercalar essa relaçäo

MANIPULAÇÄO (* contato), relacäo com SOLOS

Tarina: melhor,gosto,näo gosto
Laura: direçöes ,contrários
Mara : monumental
Joana ,Fafael e nós: observar/intermediar/escrever no papel o que está vendo acontecer

TENTATIVAS: graduaçöes nessa relacäo acima/aquecimento/teste que interessa ,reconhecimento

UNÍSSONO relacäo com traduçäo
deu,para ,vai, vem , repete,síntese,complexo,clichê,complexificar os uníssonos

TENTATIVA : usar o papel

TRIO: Mara monumental,Tarina pula .Laura manipula e sheila fala,trocar de posicäo,campo de teste ampliar possibilidades.


PÚBLICO/TRANSEUNTES
PODE?
PERGUNTAR
PEDIR
INTERROMPER
IR EMBORA
NÄO ENTENDER
ESCREVER
DESENHAR NO PAPEL
O QUE VC GOSTA DE VER DA PERFORMANCE

Mapa Final – Proposto por Laura

Prólogo

Vídeo Casa das Rosas

Capítulo I: Uníssonos

Uníssonos c/ tempo p/ construção
Fotos b_arco
Vídeo Aprendiz

Capítulo II: Solos

Solos Laura, Mara, Sheila, Tarina.
Fotos em clip Olido

Capíttulo III: Tradução

Tradução em trio c/ instruções p/o público

Epílogo

Fotos e vídeo Praça da Sé

Regras p/ composição:

– Os capítulos compreendem ‘assuntos’, que podem não ser esgotados de uma vez, mas devem ser estabelecidos como tal.
– Dentro de cada assunto as mídias podem ser usadas intercaladamente, sendo que a preferência é sempre pelo início com o procedimento em tempo real. (Que poderá ser interrompido e retomado após intervenção de seu correspondente ‘virtual’.)
– Cada assunto é apresentado e discutido com o público, que poderá intervir verbalmente solicitando demonstrações.

Funções:

Narração dos procedimentos p/o público
Ocupação principal: Tarina

Manipulação verbal das ações físicas
Ocupação principal: Sheila

Mapeamento escrito da composição
Ocupação principal: Mara

Roteiro e articulação entre mídias
Ocupação principal: Laura

Mapa final - proposto por Tarina

Para realização na Praça da Sé

*Indicações para o público (escritas no papel craft , exposto no chão da praça) :
Você pode:
-Assistir
-Perguntar
-Intervir
-Escrever no papel
-Pedir para repetirmos algo
-Não entender
-Ir embora


*Questões para nós quatro (Laura, Mara, Sheila e Tarina)

Quais são as relações de poder na praça :
-Entre nós
-Entre nós e o público
-Dentro do espaço público e no espaço que cada um define como seu (moradores,pregadores,músicos.nós…)

Como essas relações se refletem nos nossos corpos ?

Questão da inversão das “flechas” na relação de poder entre performers e público.

Quanto tempo cada procedimento sobrevive dentra da praça?

*Mapas do dia

Solos
Em qualquer um dos solos as outras performers podem estar na posição de intermediadoras na comunicação público/solista.
-Mara – MONUMENTOSO (monumental )
-Sheila – MONSTRUELO (monstruoso x belo)
-Laura – DIRECITÁRIO (direções , e direções opostas , comentários)
-Tarina – MELHOROSTO (melhora , gosto x não gosto)

Uníssonos e suas táticas
-Com as mãos dadas
-Lento
-Grudado
-Borrado (um mais rápido)
-Realizando só algumas partes
-Reconhecimento do uníssono (dizer DEU/NÃO DEU)
-Pausar
-Em tempos diferentes (mostrando primeiro)



Duo Mara/Tarina experimentado em uníssono com Sheila/Laura

Traduções
Entre os solos e dentro dos uníssonos , as traduções entram como procedimento livre, desde que sejam comunicadas.