Desejos do grupo
- Teorizar a prática;
- Aumento de repertório de intervenção urbana, de prática política e criatividade coletiva.
Eixos conceituais
A idéia é partir destes eixos comuns que aparecem como orientadores do projeto, tentando descobrir, entender e refletir como eles de fato acontecem na relação com os diferentes espaços.
1) Criação coletiva
Em busca de novas formas para as relações humanas: como pensamos a grupalidade? O que nos mobiliza a trabalhar em grupo? E nestes grupos específicos?
Estas perguntas podem nos ajudar a entender quais são as formas de compartilhar. As diferentes formas configuram diferentes qualidades de grupalidade e diferentes saberes.
E tudo isso nos faz pensar por que, afinal, criar coletivamente?
2) Política
O que entendemos por política?
3) Rede
O que se entende por rede e qual o sentido de formá-la?
4) Corpo <> Performance
Quais são as condições subjetivas e objetivas (novas formas criadas) que tornam possível romper procedimentos-padrão que usam o corpo como “suporte”?
5) Educação
Como a dimensão educativa acontece neste trabalho, levando em conta também a “auto-educação”?
6) Narrativa
Como definir narrativa? O que entendemos por narrativa linear a não-linear?
7) Espaço público
O que há por trás do desejo de atuar em uma dimensão pública? O que isso propicia ao trabalho? Em que sentido nos transforma?
Pensamos que estas perguntas-eixo podem ser a base para todo o levantamento de repertório que vamos mostrar e também para teorizarmos a prática de vocês, como se fossem pontos para serem preenchidos ao longo da experiência.
Um comentário:
Sobre desejos do grupo
Não acho q exista um desejo unilateral de teorizar a prática. Quando enfatizamos que estamos interessadas nas relações implicadas num processo de criação, queremos explicitar os ‘entre-lugares’. Estamos interessadas nos processos da dança, que envolve suas relações entre dança-contextos-conceitos-procedimentos-composições, um sistema auto-gerador de reflexões e adaptações.
Queremos pesquisar procedimentos de improvisação de dança como experimento aberto. Ou seja, sem delimitação de espaço para pesquisa restrito a integrantes do processo e espaço de mostra pública desses procedimentos, num formato de obra cênica. O processo todo é aberto à relação com público, o que torna o processo um ‘experimento-produto’. Aquilo que investigamos é resultado dos conteúdos aos quais queremos abordar, o que o torna a ‘coisa’ a ser vista. Não delimitamos limites entre momentos de experimento e mostra de resultados, aqui todo processo é produto de questões organizadas num determinado momento/contexto.
Temos como objetivos experimentar esse formato de dança, com esses espaços de experimentação e apresentação borrados. Não tem uma iniciativa política que se anteponha a isso, apesar de estar implicada nisso.
Sobre criatividade coletiva, nos interessa esse espaço de interlocução da criação interdisciplinar, acreditando que essa característica complexifica as possibilidades de composições, reflexões, e desenvolvimentos da criação
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