sexta-feira, 13 de julho de 2007

Discutindo ....

Como a gente discute!!!!
Mas é só discutindo que nos entendemos ...
Nas últimas semanas estivemos entretidas coma idéia de estudar UNÍSSONOS . O enunciado era / é : Dançar em uníssono com as outras .
Mas não existe nenhum movimento pré-determinado . O jogo / composição acontece entre nós e o espaço , e a tensão / atenção que existe neste ENTRE . Eu acho interessante como esse ENTRE está sempre presente no DR , e sem ele não faz sentido mesmo.
Porque fazer uma coisa em uníssono ? Eu acho que tem algo de CONCORDAR com o outro , tem algo de sentir -se JUNTO , e dessa forma em RELAÇÃO .Claro que não é a única forma possível de relação , mas deu vontade de experimentar pois é uma forma que todas nós (Laura , Sheila , Mara e Tarina e até você provavelmente, se já fez certos tipos de aula de dança ) experimentamos em algum momento . E como experimentamos ...
No nosso exercício de criação dos nossos uníssonos (do jeito que nós o entendemos , já partindo do princípio de que IGUALZINHO não vai ser mesmo , porque os corpos são diferentes e percebem coisas diferentemente , e tudo aquilo que já se discutiu e se sabe e etc...) chegamos a mais uma tática : O reconhecimento do uníssono como o foco (mais do que sua realização).
Então é mais ou menos assim : nós estamos lá , experimentando , e quando reconhecemos um uníssono dizemos : DEU . É claro que nem sempre dá para todo mundo , pois cada uma tem seu próprio jeito de organizar esse estudo (e até por isso falar DEU , pois assim sacamos onde está a percepção de cada uma ). A gente também pode dizer : DEU , MAS VOU CONTINUAR , porque `as vezes a sensação é essa mesmo : você já reconheceu o uníssono , mas dá vontade de continuar junto com o outro ...
E é claro que toda vez que experimentamos algo a gente discute mais... reconhecendo... reestruturando... mudando de idéia...

Um comentário:

Anônimo disse...

assumir a diferença, mas tentar estar junto, compartilhar informações, tentar entrar na logica compositiva do outro, na organização de movimentos do outro, são focos importantes para podermo discutir questões coletivas, ainda mais em processos que nao contam com uma figura centralizadora da pesquisa, onde todos tem autonomia equivalente, de certa forma, sobre processo.
pesquisar unissonos, tão conhecidos nas formações em dança, e tão fortes quando observados em cena, é um desafio, como entrar, como sair, como estar junto???
mas uma coisa acontece que quase posso afirmar: quando experienciamos unissonos...um certo conforto, e engajamento se estabelece...e porque?